Visão assistencial das pacientes com câncer de colo uterino tratadas na unidade de alta complexidade em oncologia (UNACON) de Araguaína - TO, no período de 2000 a 2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Coelho, Anastacia Lins Linhares Peixoto Bassani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/85/85131/tde-18112021-142625/
Resumo: Dado que o câncer de colo uterino se trata de uma doença com alta complexidade, assim associada à carência de projetos de pesquisa na região Norte do Brasil, principalmente no Estado do Tocantins, este trabalho consiste em um levantamento da visão assistencial das pacientes tratadas na Unidade de alta Complexidade em Oncologia do Norte do Tocantins no período de 2000 a 2015, tendo como sua referência o Hospital Regional de Araguaína. Os objetivos do estudo foram avaliar a assistência médica prestada às pacientes mediante a avaliação do tempo de espera para a primeira consulta e inicio do tratamento; avaliar o grau de preenchimento das fichas de tumor; verificar o intervalo de tempo entre a realização da biopsia e a primeira consulta na instituição; registrar o número de pacientes que chegam sem diagnóstico e sem tratamento; assim como as que chegaram com diagnóstico porém ainda sem tratamento, verificar a origem do encaminhamento; e avaliar o status da doença após o primeiro ano de tratamento. Foram analisadas 2.664 mulheres com câncer de Colo de Útero no Hospital Regional de Araguaína, sendo divididas em 17 variáveis na \"Ficha de Tumor\" fornecida pelo Instituto Nacional do Câncer; o histórico de bebida alcoólica e de tabaco apresentaram as maiores porcentagens de ausência de preenchimento (mais de 31%). Em seguida, 25,9% das fichas não tiveram o preenchimento da escolaridade. De uma forma geral, pode-se notar que das 17 informações utilizadas neste estudo, 55,7% das fichas continham todas as informações e 12, 2% tinham 4 ou mais informações ausentes. O tempo médio observado entre a data da biópsia e o início do tratamento foi de 99,4 dias. Entre o tempo de diagnóstico e o início do tratamento, as mulheres diagnosticadas tardiamente apresentaram em média tempos maiores entre as duas ações. De acordo com o estudo 37,8% das mulheres chegaram sem diagnóstico e sem tratamento e 45,0% com diagnóstico e sem tratamento; 91,0% foram encaminhadas pelo SUS; a radioterapia correspondeu a 53,2% dos tratamentos realizados inicialmente; as mulheres diagnosticadas precocemente apresentaram uma porcentagem maior de situação sem evidência de doença (48,5% contra 2,2%) e remissão parcial (3,2% contra 1,0%) comparativamente àquelas diagnosticadas tardiamente e o óbito foi de 15,9% contra 1,8%, sendo esses dados obtidos após a avaliação do estado da doença ao final do primeiro ano do início do tratamento na instituição.