O efeito do uso de fitoterápicos e da própolis nas propriedades físico-químicas, antimicrobiana e biocompatibilidade do MTA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Cavenago, Bruno Cavalini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25147/tde-22062015-090655/
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar as propriedades físico-químicas, antimicrobianas e biocompatibilidade do MTA branco manipulado com extratos aquoso e/ou em propilenoglicol da Arctium lappa L., Casearia sylvestris Sw. e própolis. Dentre os testes físico-químicos foram avaliados o tempo de presa, escoamento, pH, liberação de íons cálcio e alteração volumétrica. Para verificar o efeito antimicrobiano foram aplicadas as metodologias do contato direto (Enterococcus faecalis e a Cândida albicans) e da descontaminação dentinária, empregando a microscopia confocal de varredura laser para verificar a viabilidade de Enterococcus faecalis. Para a avaliação da biocompatibilidade, 162 ratos Wistar foram utilizados, onde cada animal recebeu dois implantes subcutâneos e um alveolar. Após os períodos experimentais de 15, 30 e 60 dias foram realizadas análises microtomográfica, histológica descritiva e histomorfométrica. Adicionalmente amostras do tecido alveolar foram processadas para dosagem das citocinas TNF-&#x3B1; e IL-10 por meio do ensaio imunoenzimático (ELISA). Os dados obtidos foram analisados estatisticamente com os testes ANOVA e Tukey ou Kruskal-Wallis e Dunn. Os resultados revelaram que a variação do veículo associado ao MTA aumentou significativamente o tempo de presa, no entanto, não houve influência na alteração volumétrica (P>0,05) e na capacidade do cimento em manter o meio alcalino e liberar íons cálcio. Os cimentos manipulados com extratos em propilenoglicol apresentaram maior escoamento (P<0,05). Apenas o extrato da própolis agregou ao MTA efeito contra o Enterococcus faecalis após 24 e 48 horas (descontaminação dentinária e contato direto respectivamente) e contra a Cândida albicans após 10 horas (P<0,05). De acordo com as avaliações histológica e histomorfométrica dos implantes em tecidos subcutâneo e alveolar não foi constatada diferença significativa entre os grupos experimentais quando comparados com o grupo no qual o MTA foi manipulado com água destilada. Segundo a análise microtomográfica e a expressão das citocinas TNF-&#x3B1; e IL-10 houve similaridade (P>0,05) entre todos os grupos. Apesar de ter alterado algumas propriedades físico-químicas, o extrato da própolis potencializou o efeito antimicrobiano do MTA sem, contudo, alterar sua biocompatibilidade.