Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Silva, Alessandra Ferreira da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-21082015-130205/
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Resumo: |
Introdução: As leishmanioses são doenças que se apresentam como um sério obstáculo ao desenvolvimento socioeconômico. A leishmaniose visceral americana (LVA) tem como agente etiológico a Leishmania (Leishmania) infantum chagasi, como reservatório doméstico principal o cão e os vetores são flebotomíneos (Diptera:Psychodidae). Objetivo: investigar a vulnerabilidade do município de São Paulo para a ocorrência de LVA, utilizando os parâmetros de casos humanos notificados, presença do vetor e infecção em reservatórios domésticos. Método: A área de estudo compreende a região dos distritos administrativos do Anhanguera, Jaraguá e Perus (município de São Paulo) que incluem o Parque do Anhanguera e o Parque estadual do Jaraguá. A justificativa para o estudo nessa área é o eixo viário oeste-leste de expansão da LVA no estado de São Paulo. Foram levantados notificações humanas de LVA entre os anos de 2007 a 2014, para análise espacial pelos programas SaTScan e Terra View, num total de 140 e nenhuma dessas é considerada autóctone. Realizamos levantamento entomológico nos parques Anhanguera e Jaraguá. A análise estatística foi realizada pelos cálculos da Média geométrica de Williams, pelo índice de diversidade de Shannon-Weaver (H) e a dominância pelo índice de Pielou (J) também foi calculado o índice de Abundância de espécies padronizado (IAEP). Realizamos inquérito canino amostral e obtivemos 126 amostras de sangue canino que foram submetidas aos testes EIE. Foram colhidas amostras de Swab bucal do cão sororreagente e contactantes, as quais foram analisadas por PCR (RFLP), juntamente ás amostras de coágulos sanguíneos dos cães dos parques Anhanguera e Jaraguá num total de 31 amostras. Resultado: A análise espacial mostrou Clusters nos distritos do Brás e Guaianases (p<0,05) e, a espaço temporal em Raposo Tavares e Parelheiros (p<0,05). Os distritos do Carrão, Cachoeirinha e José Bonifácio formaram clusters secundários (p>0,05). Foram capturados 3660 espécimes de flebotomíneos identificadas 16 espécies de flebotomíneos e as mais frequentes na amostra foram: Pintomyia fischeri (82,46 por cento ), Psathyromyia pascalei (5,57 por cento ), Migonemyia migonei (5.25 por cento ) e Expapillata firmatoi (3.22 por cento ). Dentre as espécies capturadas, está uma fêmea de espécie similar à Lutzomyia longipalpis. O inquérito canino sorológico apontou um sororreagente no distrito de Perus. Do total de 31 amostras analisadas por PCR, 10 foram positivas para Leishmania sp. Foi possível chegar á espécie em seis delas, três positivas para a espécie L. (V.) shawi ou L (V.) lainsoni e três para L. (L.) infantum chagasi. Conclusões: A análise espacial das notificações de LVA humana dá direcionamento para investigações de uma possível transmissão autóctone no município. Há elos epidemiológicos que sugerem que as leishmanioses tegumentar e visceral caninas se tratam de doenças emergentes no município. Possivelmente, os casos caninos encontrados na região de estudo sejam parte da disseminação do eixo oeste-leste da leishmaniose visceral no Estado de São Paulo, pelo eixo viário. Palavras-chave: Leishmaniose visceral canina; Leishmaniose tegumentar. |