Desenvolvimento e avaliação de nanoemulsões à base de óleo de babaçu (Orbignya oleifera) e extratos vegetais (Areca catechu, Glycyrrhiza glabra e Portulaca oleracea) para uso pós-sol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Gumiero, Viviane Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-30112011-084007/
Resumo: A nanotecnologia é aplicada em praticamente todos os setores da ciência, incluindo a área cosmética. Nanoemulsões apresentam-se mais estáveis do que macroemulsões, possuem boa espalhabilidade e facilitam a penetração de ativos na pele. O óleo de babaçu (Orbignya oleifera) é utilizado no tratamento de várias afecções da pele, devido às propriedades anti-inflamatória, cicatrizante e antiséptica. O extrato de sementes de Areca catechu inibe a produção de elastase e colagenase, enzimas responsáveis pela flacidez e perda de elasticidade da pele no envelhecimento. Além disso, possui ação antioxidante, anti-hialuronidase, estimulante da proliferação de fibroblastos e inibidor da melanogênese. Outro extrato muito utilizado em cosméticos é o de raízes de Glycyrrhiza glabra que possui atividade antioxidante, anti-inflamatória, adstringente, bactericida e inibidor da tirosinase. Já o extrato de portulaca (Portulaca oleracea), possui propriedades anti-alérgica, anti-inflamatória, anti-irritante e cicatrizante. Nesta pesquisa, desenvolveu-se nanoemulsões contendo óleo de babaçu adicionadas ou não de extratos vegetais e avaliou-se a estabilidade físico-química e propriedades biológicas das mesmas, como potencial antioxidante, anti-irritante, anti-inflamatório, influência na hidratação, valor de pH e oleosidade cutânea. A ordem de adição dos componentes, temperatura, velocidade e tempo de agitação foram críticos na obtenção das nanoemulsões. No estudo de estabilidade acelerada, a 45°C, observou-se alteração significativa dos valores de diâmetro dos glóbulos, pH e condutividade elétrica no final de 120 dias, além da ocorrência simultânea dos processos de Ostwald ripening e coalescência nas duas nanoemulsões. Os extratos de areca, alcaçuz e a formulação aditivada apresentaram atividade antioxidante pelos métodos DPPH e xantina oxidase. Nos testes in vitro de irritação, as formulações foram classificadas como ligeiramente irritantes e não-irritantes pelos métodos HET-CAM e RBC, respectivamente. Por meio dos testes in vivo, observou-se que ambas as formulações apresentaram atividade anti-inflamatória, hidratante, aumento da oleosidade e nenhuma alteração no valor de pH cutâneo. Os resultados obtidos sugerem a segurança e eficácia do uso destas nanoemulsões após exposição solar.