Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Correia, Maria Alice Vaz de Almeida Mendes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-18012019-094308/
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Resumo: |
Luanda é a capital de Angola. Situada no litoral norte, é considerada a mais desenvolvida cidade do país. Já no início do século XX, há registros de seu crescimento, porém, seu maior avanço aconteceu entre os anos de 1950 e 1975, isto porque nesse período surge um novo modelo de urbanismo. No contexto dessas mudanças, estavam as novas intenções de Portugal dirigidas para Angola, que incluíram a abolição do degredo e a substituição dos degredados por uma população portuguesa com vontade de trabalhar numa terra que lhes foi oferecida. À época, na província de Angola, foi criado um novo modo de vida com a adaptação daquilo que se fazia de melhor na Europa e na América. Eram novas edificações e novos hábitos. Nesse novo modo de vida, a habitação, o trabalho e o lazer estavam juntos e se viu o surgimento dos cinemas ao ar livre. Nesse cenário destacam-se as realizações dos arquitetos brasileiros modernos. Eles foram precursores de um urbanismo e de uma arquitetura adaptados aos trópicos. Nesse ponto, a África do Sul se evidencia como uma das pioneiras nesse tipo de arquitetura. Aos portugueses só chegou esse interesse depois dos resultados na África do Sul, o que os levou a uma tomada de consciência de que para projetar no continente africano seria necessário conhecer o território e viver nele, pois só conhecendo os problemas seria possível a sua solução e desenvolvimento. Sob essa perspectiva, vieram os profissionais formados em instituições francesas e inglesas destinados a introduzir uma arquitetura moderna, contrariando o regime de Salazar. Como o regime sempre conseguiu se impor, existiram diferenças na arquitetura produzida para os edifícios públicos e para o tipo de habitação que atenderia negros e brancos, assim como a imposição de regras aos profissionais que nem sempre conseguiram cumprir o estabelecido na Carta de Atenas. Passados 46 anos após a independência de Angola, se reconhece a qualidade dessa arquitetura e, por essa razão se apela pela sua preservação. |