Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Sampaio, Juliana de Arruda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-14022017-093620/
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Resumo: |
A presente dissertação é fruto da pesquisa sobre as fotografias da construção e inauguração de Brasília produzidas por Thomaz Farkas na ocasião de duas viagens, uma ocorrida em 1959 e outra no próprio dia da inauguração, 21 de abril de 1960. O trabalho realiza três grandes movimentos. No primeiro capítulo, a discussão gira em torno do fotógrafo, recuperando aspectos de sua trajetória a vinda ao Brasil, a estruturação da loja da família (a Fotóptica), as amizades desenvolvidas na juventude a fim de que se compreenda de que maneira a prática fotográfica de Farkas foi alimentada por outras relações. No segundo capítulo, procurou-se mapear os agentes envolvidos na construção e transferência da nova capital: os desejos do presidente Juscelino Kubitschek; as intenções do urbanista Lúcio Costa e do arquiteto Oscar Niemeyer, inferidas a partir da leitura do projeto; a configuração do próprio canteiro, a chegada dos trabalhadores, os assentamentos legais e ilegais, a dinâmica do trabalho. Buscou-se também desenvolver análises do que chamamos de enquadramento oficial, a partir de exemplos dos discursos, atividades e propagandas que circularam no período no intuito de promover publicamente e legitimar a ideia de Brasília. Por fim, no último capítulo, o trabalho se volta propriamente às imagens. A partir de uma leitura sistemática, percebe-se que o fotógrafo, pelo fato de não ter sido comissionado para fazer a série, se permitiu perambular livremente pelo território em construção olhando com interesse e curiosidade para vários pontos da cidade que se erguia. Este trabalho privilegia as fotografias sobre as construções populares feitas à margem do Núcleo Bandeirante e as imagens da inauguração em que o fotógrafo se empenha em retratar os candangos que participaram do empreendimento. Comparando-as aos enquadramentos oficiais, vê-se que as fotos de Thomaz Farkas desestabilizam os referidos enquadramentos ao ampliá-los, mostrando lados alternativos dessa história. |