Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Luan Michel Soares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96131/tde-20092017-165813/
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Resumo: |
O mercado automotivo global em 2008 sofreu uma queda drástica na produção e nas vendas após a eclosão da crise do subprime nos Estados Unidos. Em todo o mundo, políticas de fomento foram sendo implementadas sob as mais variadas formas para recuperar o setor. Presumivelmente, em resposta à crise, o governo brasileiro resolveu agir decretando a política anticíclica de redução do IPI ao mercado automobilístico em 2008, sendo está repetida em 2012. Neste mesmo ano também ocorreu a modificação do acordo automotivo Brasil/México, e em 2013 foi implantado o INOVAR-AUTO. Sendo assim, o objetivo do presente estudo, será avaliar o efeito da diminuição do IPI sobre o comportamento da demanda, da oferta e os efeitos líquidos sobre os agentes de mercado. O estudo se relaciona com uma literatura que busca avaliar os efeitos de reformas tributárias em indústrias com produtos diferenciados, como Fershtman, Gandal e Markovich (1999) e Verboven (2002). É empregado o modelo logit aninhado de McFadden et al. (1973) e estendido por Berry (1994), combinado com uma estrutura de competição oligopolista pressupondo equilíbrio nos preços, segundo Nevo (1998), do tipo Nash-Bertrand. Adicionalmente, é elaborado uma análise econométrica preliminar de preços hedônicos, seguindo Griliches (1961), formulado num painel de efeitos fixos que avaliará o comportamento dos preços médios dos veículos novos nos períodos de modificação do IPI. Os resultados dos modelos de apreçamento hedônico demonstram que as montadoras não remanejaram os preços médios no mesmo percentual efetivo da queda do IPI. As variações dos preços foram mais baixas do que a da alíquota. Na metodologia discreta, os resultados apontam que empresas que detém maiores poderes de mercado possuem elasticidades preço próprias baixas. Lucros mais elevados estão associados a marcas que no grosso de suas vendas comercializam automóveis de menor porte que embutem uma alta relação markup preço-custo. Montadoras nacionais tiveram melhor desempenho que suas contrapartes importadoras. A carga tributária altíssima é o principal vilão para o desempenho ruim dos importados. Os excedentes gerados com a modificação do IPI foram positivos para todos os agentes. Consumidores, produtores e governo ganharam com a medida. Ou seja, há espaço para reduções de impostos com aumento da arrecadação do governo. |