Psicoterapia breve operacionalizada em gestantes diabéticas 1 com mau controle glicêmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Batista, Livia Maria Ramos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-16022016-145823/
Resumo: O Ministério da Saúde adverte que o Diabetes Mellitus é um problema de saúde pública devido sua alta taxa de prevalência. Estudos demonstram a correlação entre o funcionamento psicodinâmico de pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e o controle glicêmico. Considerando que o controle glicêmico adequado minimiza os riscos para a mãe, o feto e o futuro bebê, salienta-se a importância de um atendimento psicoterápico na fase gestacional. Contudo, não existem pesquisas sobre Psicoterapia Breve Operacionalizada (PBO) enquanto técnica terapêutica para este tipo de população. O objetivo da pesquisa foi investigar possibilidades e limites da PBO no atendimento a gestantes portadoras de diabetes mellitus tipo 1 (DM1) com mau controle glicêmico. A metodologia utilizada para a pesquisa foi o clinico-qualitativo. O estudo envolveu quatro gestantes portadoras de DM1 com mau controle glicêmico. As gestantes foram encaminhadas pela Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, local onde as mesmas são atendidas. Foram utilizados como instrumentos: entrevista clínica psicológica; Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada; e Psicoterapia Breve Operacionalizada. As gestantes que concordaram em participar assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido que após lido e explicado, foi assinado pela pesquisadora e gestante. Foram realizadas duas ou três entrevistas inicias para o diagnóstico adaptativo operacionalizado e planejamento da PBO. O número de sessões utilizadas para PBO foi definido conforme o diagnóstico adaptativo da gestante e sua situação-problema. As entrevistas e as sessões psicoterápicas tiveram duração de 45 minutos e frequência de uma vez por semana. A análise dos resultados foi realizada através da comparação entre o diagnóstico adaptativo operacionalizado realizado antes e depois da PBO. Foi verificado se ocorreu nas gestantes, durante estes períodos, mudanças adaptativas; além da averiguação das alterações no controle glicêmico, antes e após a PBO. A pesquisa expôs que houve mudanças de grupo adaptativo da qual as gestantes pertenciam. Cecília e Beatriz obtiveram melhora no diagnóstico adaptativo. Por intermédio do acompanhamento da evolução do controle glicêmico, pode-se verificar alterações com o decorrer da PBO: a porcentagem de hipoglicemias e hipoglicemias graves melhoraram; as porcentagens de valores alterados e de hiperglicemias, por sua vez, tiveram piora com o decorrer da gravidez, e, mesmo com a PBO, o rigoroso controle alimentar e insulinoterapia, inclusive em internações, foram dificilmente controlados. Das quatro gestantes estudadas duas tiveram crise adaptativa e as soluções encontradas por elas foram satisfatórias. O que pode restringir o processo psicoterapêutico é a transferência negativa persistente, contudo, ela pode ser trabalhada e minimizada. As possibilidades da PBO no atendimento às gestantes com DM1 encontradas na pesquisa foram: melhorar a eficácia da adaptação; auxiliar as pacientes em crise a solucionarem-na sem a queda da eficácia da adaptação; e, possibilitar as pacientes encontrarem soluções mais adequadas para suas situações-problema