Resumo: |
Os efeitos ambientais negativos da urbanização podem ser mitigados pela presença de espaços verdes dentro e ao redor das cidades. Os elementos mais valiosos de tais áreas são reconhecidamente as árvores. Entretanto, existem também alguns riscos associados com a sua presença, os quais expressam a possibilidade de queda da árvore ou de seus galhos por perda de resistência biomecânica, resultando em perigo de morte e estragos a propriedades, bens e infraestrutura. Nesse sentido, a tomografia de impulso tem se mostrado como uma técnica bastante eficaz em detectar fragilidades biomecânicas no lenho. Considerando ainda que o vento é a principal força dinâmica atuante na copa das árvores, este estudo se propôs a (a) simular o comportamento dos ventos sobre a região do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, localizado em Belém-PA, durante quatro eventos de chuvas e ventos fortes usando o ENVI-met, (b) quantificar a perda de resistência biomecânica através da tomografia de impulso em 12 árvores presentes no referido parque e (c) identificar as árvores que possuem um maior risco de queda. Os modelos gerados pelo ENVI-met foram capazes de mostrar zonas de turbulência atuando sobre a copa das árvores tomografadas, e levando em conta a perda de resistência biomecânica, o Guajará foi identificado como apresentando o maior risco de queda entre todas as árvores estudadas. Concluiu-se que o ENVI-met prestou-se perfeitamente para a identificação de zonas de turbulência atuando na copa das árvores. Uma vez conhecidas essas turbulências e considerando a perda de resistência biomecânica acusada pela tomografia, ações de manejo pontuais podem ser propostas e executadas visando diminuir o risco de queda de árvores por ventos fortes em eventos futuros. |
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