Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Nicolodi, Laís de Godoy |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-17062020-173252/
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Resumo: |
A produção de estudos analítico-comportamentais sobre temáticas da sociologia e do feminismo vem promovendo interlocuções muito frutíferas para ambas as áreas. Dentro dos múltiplos assuntos oriundos dos trabalhos feministas, estudos que abarquem a organização do patriarcado ainda não foram explorados pela perspectiva analítico-comportamental. Este estudo se propõe a realizar uma análise comportamental sobre o patriarcado e as condições que o mantêm. O estudo partiu dos conceitos centrais subjacentes à noção de patriarcado expostos na obra da socióloga brasileira e feminista Heleieth Saffioti, Gênero Patriarcado Violência: poder, relação de dominação-exploração e opressão. Os mesmos conceitos foram analisados na perspectiva analítico-comportamental destacando-se que o patriarcado envolve uma organização social que engloba um conjunto de comportamentos, regras e contingências sociais que se baseiam centralmente em um desequilíbrio de poder, gerando supremacia masculina e opressão de mulheres. Esse desequilíbrio decorre de os homens deterem maior domínio de reforçadores/punidores que podem ser utilizados nas suas relações sociais (poder). Em consequência, estabelecem-se relações nas quais as mulheres desenvolvem repertórios comportamentais restritos, o que lhes dá menos chance de escolhas (opressão) e, consequentemente, deixando-as mais vulneráveis ao domínio e exploração masculinos. São analisados alguns comportamentos patriarcais frequentes na cultura brasileira, buscando-se identificar algumas das contingências que os mantêm. Na busca do diálogo entre ambas as abordagens, identificam-se aspectos comuns, tais como a análise contextualista/interacionista, sem uso do mentalismo ou do essencialismo. Conclui-se que, como poder/opressão/dominação são termos que descrevem comportamentos sociais, e como todo comportamento é estabelecido e mantido pelas contingências existentes no ambiente externo, a compreensão da ideologia patriarcal, como conjunto de contingências e regras estabelecidas e mantidas no ambiente social, permite que analistas do comportamento possam vir a descrever os processos comportamentais que sustentam essa assimetria, colaborando para o estabelecimento de uma sociedade mais justa |