Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Venancio, Juliana Muniz Possato |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7144/tde-27112024-163333/
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Resumo: |
Introdução: Apesar de ser passível de prevenção e cura, no âmbito mundial, em 2020, havia aproximadamente 9,9 milhões de pessoas acometidas pela Tuberculose. O controle da doença depende, além da diminuição das desigualdades sociais, do monitoramento dos contatos de casos, ação fundamental para o diagnóstico precoce e diminuição da transmissão da doença, em que o Agente Comunitário de Saúde é profissional chave nesse processo. Objetivo: Analisar o processo de trabalho de Agentes Comunitários de Saúde em relação ao monitoramento de contatos, em Unidades Básicas de Saúde da Supervisão Técnica de Saúde Casa Verde/Cachoerinha/Limão da Coordenadoria Regional de Saúde Norte do Município de São Paulo. Metodologia: Estudo descritivo, transversal, qualitativo, em que participaram ACS, de oito Unidades Básicas de Saúde dessa Supervisão Técnica de Saúde. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas, de junho a julho de 2021. Processo de Trabalho em Saúde e Vigilância à Saúde constituíram o referencial teórico e os depoimentos foram submetidos à análise de conteúdo. O estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Entrevistou-se 51 ACS que tinham, em média, 7,4 anos de atuação e cerca de 169,2 famílias sob sua responsabilidade; 68,7%, referiram já ter tido casos de tuberculose na microárea de atuação e 70,6% tiveram algum treinamento em relação à doença. Da análise dos depoimentos emergiram as categorias: Conhecimento sobre a tuberculose, Cuidado com os contatos e com os pacientes com tuberculose, Meios/Instrumentos de trabalho e Representações sobre o trabalho e o território de atuação. De modo geral, o monitoramento de contatos não era conhecido pelos participantes que, tampouco, reconhecem essa atividade como uma tarefa de sua responsabilidade. A grande maioria demonstra satisfação no desenvolvimento de seu trabalho, entretanto, diversos ACS não se sentem valorizados enquanto profissionais da saúde. A visita domiciliária e o vínculo com as pessoas que habitam a microárea de atuação foram os principais meios e instrumentos adotados no cotidiano de trabalho, além dos sujeitos exaltarem a visita compartilhada com a equipe de enfermagem, como forma de auxílio no monitoramento. Foram identificadas várias dificuldades na rotina de trabalho, dentre as quais, ressalta-se a resistência do contato em ser avaliado em consulta e realizar os exames solicitados, além da presença de preconceito. Conclusão: O desconhecimento sobre o monitoramento de contatos de casos pode implicar na fragilização da detecção precoce de casos novos de Tuberculose e da Infecção Latente por Tuberculose, podendo contribuir para a manutenção da cadeia de transmissão da doença. Dada a importância do ACS para essa prática, e por entender-se que constitui o elo entre a comunidade e a equipe de saúde recomenda-se que seja devidamente instrumentalizado para reconhecer as necessidades relativas ao monitoramento dos contatos e que sejam adotados recursos didáticos que alcancem esse trabalhador. Aplicação Prática: O estudo possibilita compreender as lacunas relacionadas ao conhecimento e meios/instrumentos para o monitoramento de contatos de casos de Tuberculose por Agentes Comunitários de Saúde. Nessa perspectiva, apresenta material didático em formato de infográfico que sintetiza orientações para o aprimoramento do controle da TB e dos processos de trabalho dos ACS. |