Comunicação, comunidade e informação: um estudo sobre a teoria da informação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pena, Aurélio Bianco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76134/tde-08102024-090614/
Resumo: Nesse texto, investigamos a transmissão de conhecimento, um pilar fundamental do desenvolvimento humano. O trabalho parte do referencial teórico de Ludwik Fleck para analisar a ciência como uma construção coletiva e socialmente mediada, ao invés de ser resultado de ações isoladas de \"grandes gênios\". Explora dois episódios históricos principais: a invenção do telégrafo elétrico e a formação da teoria da informação no século XX. O estudo considera a interação entre diferentes coletivos de pensamento e a circulação de ideias como fatores cruciais no desenvolvimento de inovações tecnológicas. A dissertação, organizada em seis capítulos, visa fornecer uma compreensão abrangente e comparativa dos processos históricos e sociais que moldaram a comunicação e a teoria da informação. Oferecemos um panorama detalhado da evolução do telégrafo, destacando a contribuição de figuras pioneiras nos Estados Alemães, Grã-Bretanha, Estados Unidos e França, além de analisar as disputas de patentes e demonstrações públicas que facilitaram a aceitação da telegrafia elétrica. Apresentamos comunidades científicas do século XX, interessados em problemas de comunicação levantados pela telegrafia elétrica. Finalmente, analisamos o tráfego de ideias entre esses coletivos e a consolidação da teoria da informação, enfatizando a importância do contexto social e político. Concluímos que a popularização e hegemonia do telégrafo de Morse e Vail resultaram de sua eficiência técnica e adaptabilidade, mas principalmente por fatores sociais e econômicos favoráveis. O texto mostra como contextos históricos tumultuados, como guerras e revoluções, impulsionaram inovações tecnológicas. A formação da teoria da informação é apresentada como um exemplo de como ciência e tecnologia são moldadas por necessidades sociais e militares, exploramos as diferentes comunidades que estudaram os problemas ligados à comunicação, refletindo sobre a interação entre diferentes coletivos de pensamento. O trabalho finaliza destacando a atividade científica como uma atividade profundamente enraizada nas condições sociais, onde o conhecimento é um produto coletivo. Essa perspectiva desafia a ideia de uma ciência neutra e isolada da sociedade, mostrando que a colaboração e a interação entre cientistas são essenciais para o desenvolvimento científico.