Representações e práticas de consumo no meio rural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1982
Autor(a) principal: Garavello, Maria Elisa de Paula Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11145/tde-20220207-162042/
Resumo: Inicialmente inspirado em proposições sociológicas sobre relações cidade-campo e condições de existência da população rural, este trabalho relata uma pesquisa empírica que demonstra a importância do estudo dos sistemas simbólicos para a compreensão da coerência entre as práticas e representações daquela população, utilizando o conceito de habitus desenvolvido por BOURDIEU (1972) pretendeu-se mostrar que as representações sociais interferem nas práticas resultantes das condições materiais de existência da população rural orientando-as e estabelecendo a direção que assumem. Nessa proposta de trabalho encontrava-se implícita a idéia de que a conjuntura econômica, por si só, não é suficiente para explicar a adoção de determinadas práticas de um grupo social. É necessário considerar também os motivos formulados ao nível das representações. A metodologia utilizada baseou-se na técnica de entrevista gravada, com roteiro básico mas não limitante. Foram entrevistadas 74 mães de família, que forneceram informações sobre: as práticas referentes à obtenção dos bens materiais e simbólicos necessários à sobrevivência da unidade familiar e as representações que essas famílias têm de suas condições de vida e de suas relações com o meio urbano. Verificou-se que as representações da condição atual de existência dos indivíduos rurais em seu contato cotidiano com o estilo de vida urbano são assimiladas às representações já existentes da cultura rústica desse meio, e as práticas dessa população estão de acordo com as representações resultantes. As novas práticas de consumo adotadas pelas famílias rurais evidenciam uma busca de igualdade e integração ao meio social urbano, que é percebido como detentor de prestígio e poder.