Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Gurgel, Ivã |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-09092010-105921/
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Resumo: |
O objetivo central desta tese é discutir o papel das narrativas no pensamento científico e no ensino de ciências. Partimos de uma revisão histórica das pesquisas em ensino-aprendizagem para mostrar que a dimensão epistemológica do processo de construção do conhecimento se enfraquece em detrimento à compreensão mais profunda dos aspectos semióticos e discursivos das interações em sala de aula. Em seguida, discutimos as atuais pesquisas em argumentação e questionamos se os modelos adotados são suficientes para apreender todas as formas de pensar legítimas da ciência. Principalmente problematizaremos a possibilidade de novos modos de argumentar aparecerem quando enfrentamos situações que envolvem a presença de uma novidade. Para responder esta questão inserimos nosso estudo em um campo de reflexões que pode ser denominado poética da ciência. Na contiuidade tomamos textos originais como fonte de investigação para a compreensão da formação discursiva da ciência. Discutimos os textos O Mensageiro das Estrelas, de Galileu, Experiências Relativas ao Efeito do Conflito Elétrico sobre a Agulha Imantada, de Oersted, e Sobre as Atrações Mútuas entre Condutores Elétricos, de Ampère. Com a análise destes textos, verificamos que o padrão de argumentação se caracteriza linguisticamente como uma narrativa. Tomando em conta esse caráter da ciência, questiona-se qual é o papel das narrativas no pensamento humano. Retomamos os trabalhos de Vigotski e Bruner para caracterizar a narrativa como um modo de organização do real. Essas considerações nos levam a pensar em como isso pode afetar o cotidiano escolar. Nossas reflexões nos indicam que as atividades escritas podem ser fundamentais para a elaboração do pensamento em uma atividade que envolva a imaginação. Na última etapa o estudo se volta a uma escola onde foi realizado um conjunto de atividades de ensino-aprendizagem que envolviam a produção escrita. Dois tipos de gênero textual foram trabalhados, narrativas e cartas. Ao final analisamos as condições de produção de narrativas científicas pelos alunos e discutimos seu papel na aprendizagem de ciências. |