Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1972 |
Autor(a) principal: |
Reyes-Zumeta, Hiram |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20240301-153058/
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Resumo: |
O presente trabalho foi realizado em uma parcela experimental da Seção de Agricultura, Departamento de Agricultura e Horticultura da E.S.A. Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, em Piracicaba, SP., de 23 de dezembro de 1970 a 18 de abril de 1971. Procurou-se acompanhar a transpiração dos cafeeiros durante a estação chuvosa, em intervalos aproximadamente quinzenais, no período das 7 às 18 horas. Foram objetivos imediatos da pesquisa (a) observar a influência dos fatores ambientais sobre a transpiração do cafeeiro, em condições de cultura sob exposição solar plena, (b) estudar o comportamento transpiratório do cafeeiro, cultivado ao sol, no decorrer de uma estação de chuvas. A investigação foi conduzida em três pés de café (Coffea arábica L. cv. Mundo Novo), escolhidos da linha de contorno do cafezal, procurando obter informações sobre o andamento diário da transpiração total, estomatar e cuticular; déficit de saturação foliar; movimento hidroativo dos estômatos e transpiração relativa. Os valores de transpiração e movimento hidroativo dos estômatos, obtidos gravimetricamente, foram determinados in loco pelo método das pesagens rápidas de folhas destacadas, com auxilio de balança de torção (torsionswaage Jung, Heidelberg, Alemanha). Para as determinações da transpiração cuticular, sendo as folhas hipostomáticas, empregou-se o método clássico de vaselinar a epiderme abaxial. Os déficits de saturação foliar (D.S.%) determinaram-se pelo Índice de Stocker. A transpiração relativa foi calculada relacionando percentualmente os valores de transpiração total (T) e poder evaporante do ar (E), em unidades absolutas comparáveis (mg/dm2/min), pela fórmula T/E x 100. A evaporação foi medida com evaporímetro de Piche (R. Fuess, Berlim), de uso meteorológico. Como complemento das determinações do andamento diário dos fatores fisiológicos efetuaram-se, concomitantemente, as de umidade do solo em percentagem do peso seco e dos fatores microclimáticos: temperatura à sombra, umidade relativa do ar, pressão do vapor, evaporação, luminosidade, direção e velocidade do vento. Apresentam-se as curvas comparativas dos valores relativos ao andamento diário simultâneo desses fatores físio-ecológicos. Os dados obtidos de área, peso seco, transpiração total e déficit de saturação das folhas foram processados estatisticamente. Considerando como parcelas os três cafeeiros escolhidos, adotou-se, para cada um desses fatores investigados, um esquema em parcelas subdivididas de analise da variância. Como cada cafeeiro teve seu andamento diário da transpiração estudado em sete datas, diferentes da estação das chuvas, considerou-se cada data como um experimento e cada planta como uma repetição. As médias das três determinações, feitas em cada um dos sete períodos do andamento diário, foram consideradas como subparcelas. Cada cafeeiro, portanto, esteve representado por 49 dados, para cada caráter analisado. A significância estatística dos valores médios nos diversos experimentos e períodos do dia, detectada pelo teste F, foi apurada pela aplicação do teste de Duncan. O coeficiente de variação estava dentro dos limites admissíveis em experimentos biológicos, demonstrando uma razoável precisão do método de medida da transpiração em condições de campo, quando empregado com as cautelas adotadas no presente trabalho. Foi feito ademais um estudo de regressão, para investigar a provável relação entre a transpiração total e os fatores microclimáticos. Admitindo uma interdependência entre os fatores ambientais: intensidade luminosa (X1, em lux. 103), temperatura (X2 em °C) e umidade relativa do ar (X3, em %), estudou-se também uma regressão múltipla. Considerando a transpiração total como variável dependente (Y) e como independentes (X) os fatores microclimáticos mencionados, foi possível calcular uma equação da forma: Ȳ = 72,7516 + 0,1198 X1 - 1,4166 X2 - 0,4365 X3 Os resultados da presente investigação permitem concluir que o cafeeiro (C. arábica L. cv. Mundo Novo), cultivado ao sol, nas condições de Piracicaba, SP., apresenta: a) Respostas fisioecológicas de acentuada rapidez em suas reações foto e hidroativas sendo que, durante a estação chuvosa, os fatores microclimáticos analisados parecem influenciar a intensidade transpiratória na seguinte ordem: luminosidade > temperatura > umidade relativa do ar. b) Um bem definido comportamento de restrição fisiológica, com dois fechamentos estomáticos diários. O primeiro, em horas do meio dia. O segundo durante a tarde, ainda com luminosidade intensa. A taxa transpiratória durante a manha é maior do que a da tarde. Tais restrições fisiológicas provavelmente são causadas pela concentração excessiva de CO 2 no mesofilo, como consequência da ação simultânea da solarização e da alta temperatura ambiente. c) Inversão do comportamento transpiratório diário, na transição da estação chuvosa para a seca. Na estação das chuvas, a transpiração estomatar e relativamente maior no período da manhã do que no da tarde. No inicio da seca, ela é relativamente menor durante a manhã. Esta situação é exatamente inversa no caso da transpiração cuticular. |