Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Soeiro, Alexandre de Matos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-25072021-163429/
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Resumo: |
Introdução: A identificação de marcadores prognósticos relacionados à ocorrência de eventos e recuperação da função ventricular pode ser importante em pacientes com miopericardite (MPA) aguda. Ainda carecem dados relacionados à caracterização tecidual pela ressonância magnética cardíaca (RMC) da MPA, evolução e definição de possíveis marcadores prognósticos a longo prazo. Objetivos: Avaliar a caracterização miocárdica tecidual da RMC relacionada à ocorrência de eventos combinados e ao incremento da fração de ejeção de ventrículo esquerdo (FEVE) em pacientes com MPA. Métodos: Os critérios de inclusão foram: dor torácica e/ou alterações eletrocardiográficas associadas à elevação de troponina (acima do percentil 99%) na ausência de estenose coronária (lesões < 50% no cateterismo, angiotomografia coronária ou ambos) e diagnóstico da MPA pela RMC cardíaca em < 48 horas da admissão, confirmado pela presença de edema e/ou realce tardio. Foram incluídos 102 pacientes com perda de seguimento de dois casos. Na avaliação final da ocorrência de eventos combinados (morte por todas as causas, insuficiência cardíaca e recorrência da MPA), após seguimento de até 24 meses, permaneceram 100 pacientes e na avaliação do incremento de FEVE (aumento > 5%) e 36 casos que foram reconvocados para realização de nova RMC entre 6 e 18 meses do evento inicial. Resultados: O seguimento médio dos pacientes foi 18,7 meses. Foram encontradas diferenças significativas na RMC entre pacientes que tiveram eventos combinados (n=26) versus sem eventos combinados (n=74) nas seguintes características avaliadas: FEVE inicial (OR=0,938; CI: 0,895-0,984, p=0,008), índice de volume sistólico do ventrículo esquerdo (VE) (OR=1,034; CI: 1,005-1,062, p=0,019), índice de volume diastólico de VE (OR=1,029; CI: 1,002-1,056, p=0,038), presença de hipersinal em T2 (OR=11,325; CI: 2,247-57,075, p=0,003), strain radial de VE (OR=0,872; CI: 0,793-0,959, p=0,005), strain circunferencial de VE (OR=1,315; CI: 1,087- 1,592, p=0,005), strain longitudinal de VE (OR=1,308; CI: 1,086-1,576, p=0,005), presença de realce tardio anterosseptal médio (OR=0,160; CI: 0,037- 0,685, p=0,014), anterosseptal basal (OR=0,255; CI: 0,071-0,914, p=0,036) e apical lateral (OR=5,902; CI: 1,236-28,187, p=0,026). Em relação ao incremento de FEVE, foram encontradas diferenças significativas na RMC nas seguintes características avaliadas: FEVE (OR=0,870; CI: 0,758-0,988, p=0,047), volume sistólico final do ventrículo direito (OR=1,047; CI: 1,001- xxi 1,096, p=0,047), diâmetro sistólico de VE (OR=1,283; CI: 1,034-1,593, p=0,023), diâmetro diastólico de VE (OR=1,225; CI: 1,012-1,482, p=0,038), índice de volume sistólico de VE (OR=1,340; CI: 1,066-1,685, p=0,012), índice de volume diastólico de VE (OR=1,111; CI: 1,017-1,213, p=0,019) e índice de volume sistólico de ventrículo direito (OR=1,116; CI: 1,006-1,236, p=0,037). Conclusão: Observou-se associação significativa entre eventos combinados no seguimento a longo prazo com FEVE inicial, índices de volume sistólico e diastólico de VE, hipersinal em T2, strains radial, circunferencial e longitudinal do VE e presença de realce tardio médio e basal anterosseptal e apical lateral. Já relacionado ao incremento de FEVE na RMC evolutiva, observou-se associação significativa com FEVE inicial, volume sistólico final de VD, diâmetros sistólico e diastólico de VE, índices de volume sistólico e diastólico de VE e índice de volume sistólico de VD. |