Impacto do transplante de microbiota fecal na alteração dos parâmetros clínicos e laboratoriais na obesidade e síndrome metabólica: revisão sistemática e metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Proença, Ígor Mendonça
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-26062024-151142/
Resumo: Introdução: a obesidade e a síndrome metabólica estão relacionadas ao aumento de doenças cardiovasculares, doença hepática gordurosa não alcoólica, alguns tipos de câncer e outros problemas de saúde. O tratamento destas condições é complexo e desafiador. Alterações da microbiota intestinal têm sido relacionadas à obesidade e síndrome metabólica, e novos tratamentos visando a manipulação da microbiota intestinal têm sido desenvolvidos. Dentre eles, o transplante de microbiota fecal (TMF) se apresenta como uma das possíveis alternativas de tratamento promovendo a mudança do perfil da microbiota intestinal de pacientes obesos e com síndrome metabólica, podendo melhorar parâmetros clínicos e metabólicos. Objetivo: avaliar a eficácia e segurança do TMF no tratamento da obesidade e da síndrome metabólica por meio de uma revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados (ECR), avaliando o impacto na alteração de parâmetros clinicamente significantes. Métodos: revisão sistemática e metanálise de ECRs que utilizam o TMF versus controle para o tratamento de pacientes com obesidade e/ou síndrome metabólica, avaliando parâmetros clínicos significantes: peso, IMC, glicemia de jejum, HbA1c, HOMA-IR, colesterol total, HDL, LDL e triglicérides. Foram realizadas buscas nas principais base de dados bem como na literatura cinzenta. Para análise dos riscos de vieses dos estudos selecionados foi utilizado o Revised Cochrane Risk-of-Bias tool for randomized trials; para avaliação da qualidade da evidência, foi utilizado o instrumento Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation; para a metanálise foi utilizado o software Revman 5.3. Resultados: oito ECRs, com um total de 219 participantes, foram incluídos para análise final. O HDL foi discretamente maior no grupo TMF em relação ao grupo controle após a intervenção (MD = 2,58 mg/dL IC95% [0,43; 4,73], p = 0,02). Os demais desfechos não apresentaram diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Não houve eventos adversos relevantes relacionados ao TMF. Conclusão: o TMF é um procedimento seguro em pacientes com obesidade e síndrome metabólica, não apresentando reações adversas graves. O HDL foi maior no grupo TMF, porém com impacto clínico insignificante. Em relação aos demais parâmetros relacionados à síndrome metabólica e à obesidade, o TMF não apresentou diferença em relação ao grupo controle