Respostas bioquímicas e fisiológicas de plantas de citros atingidas pelo glyphosate

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Gravena, Renan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-24082006-153348/
Resumo: O objetivo deste trabalho foi investigar o comportamento fisiológico e bioquímico de plantas de citros (Citrus spp.) submetidas à aplicação do herbicida glyphosate. Para tanto, foram realizados quatro estudos. No primeiro, avaliou-se o efeito de glyphosate (doses entre 0 e 720 g e.a.ha-1, aplicadas sobre a parte aérea das plantas) nas concentrações foliares de chiquimato, aminoácidos livres totais e fenóis e na fotossíntese de plantas de citros em condições controladas. Foram testadas mudas de limão ‘Cravo’ (Citrus limonia L. Osbeck), com 4 meses de idade, e mudas de ‘Valência’ (Citrus sinensis L. Osbeck) sobre ‘Swingle’ (Poncirus trifoliata (L.) Raf x Citrus paradisi Macf), com 24 meses de idade. No segundo estudo avaliou-se, em condições de campo, a toxicidade de glyphosate em plantas submetidas à aplicação atingindo o caule (doses entre 0 e 2160 g e.a.ha-1) ou toda a parte aérea (doses entre 0 e 720 g e.a.ha-1). Os materiais vegetais testados foram plantas de laranja ‘Valência’ sobre ‘Swingle’ e limão ‘Cravo’, com 20 e 27 meses de idade, respectivamente. No terceiro avaliou-se a queda de frutos de laranjeira ‘Pera’ (Citrus sinensis L. Osbeck) em função do glyphosate. No último estudo investigou-se a possibilidade de aplicação acidental simulada de glyphosate causar intoxicação e queda de frutos em plantas de laranja ‘Pera’. No primeiro estudo verificou-se efeito de glyphosate somente nas concentrações de chiquimato e aminoácidos livres totais das mudas de limão ‘Cravo’; porém, os efeitos foram transitórios. Não houve efeito nos conteúdos de fenóis e clorofila total e na atividade fotossintética. Não se constatou qualquer efeito nas características bioquímicas e na fotossíntese das mudas de ‘Valência’, indicando significativa tolerância ao herbicida. No estudo a campo, as plantas de citros atingidas pelo glyphosate no caule não sofreram intoxicação. Apenas a aplicação nas doses de 360 e 720 g e.a.ha-1 sobre a parte aérea afetou as plantas. O principal sintoma de intoxicação consistiu na emissão de brotações deformadas, indicando efeito nas regiões meristemáticas. Os efeitos nas folhas pré-formadas foram pequenos ou inexistentes. Todas as plantas atingidas pelo herbicida se recuperaram entre seis e doze meses após a aplicação. Nos estudos para avaliar a queda de frutos observou-se que o glyphosate promove a produção de etileno, causando a queda destes quando estão em fase final de maturação. A queda ocorreu principalmente devido ao contato direto com a pulverização e não devido à translocação do herbicida. No último estudo, constatou-se que a aplicação acidental simulada foi parcialmente interceptada pelo mato, não causando efeito significativo na queda de frutos e no desenvolvimento vegetativo das plantas de citros.