Autocuidado em idosos internados numa enfermaria geriátrica de um hospital-escola: comparação das avaliações subjetivas e objetiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Figueredo, Delcina Jesus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-20092016-160109/
Resumo: Estudo observacional quantitativo longitudinal prospectivo em idosos e seus cuidadores, de ambos os sexos, internados na enfermaria de geriatria de um hospital-escola, com coleta de dados no período de agosto de 2013 a março de 2014. Objetivo: Avaliar a condição funcional subjetiva e objetiva de idosos internados em uma enfermaria geriátrica; entre os relatos de desempenho no autocuidado e suas necessidades de ajuda. Método: avaliações subjetivas e objetiva, usando o instrumento Performance test of Activities of Daily Living (PADL), com 16 tarefas associado a três itens da Escala de Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD). Resultados: o sexo feminino predominou dentre os idosos (32 - 58,2%) e os cuidadores (46 - 83,6%); a idade dos clientes variou entre 64 e 99 (x=80) anos, e dos cuidadores entre 37 e 84 anos (x=58,7a); a escolaridade básica foi mais frequente entre os idosos (36 - 65,4%) e a superior (18 - 32,7%) para os cuidadores; quanto ao parentesco dos cuidadores, 30 (54,4%) eram filhas e 12 (21,5%) esposas. Para comparar as funcionalidades subjetivas e objetiva no desempenho do autocuidado, calculou-se o Índice de Concordância (Ind.Con%), que variou de 62 a 93%, com Kappa oscilando entre 0,20 e 0,59. Tanto os idosos como os cuidadores referiram desempenhar as tarefas sem ou com ajuda, porém, na avaliação objetiva, detectou-se maior necessidade de ajuda ou a incapacidade da realização da tarefa. Saliente-se que os idosos se autoavaliaram um pouco melhor que os seus cuidadores. Discussão: Nas avaliações subjetivas idosos e subjetivas cuidadores, em comparação com a objetiva, as respostas dos idosos para o autocuidado foram confirmadas na avaliação objetiva e com os relatos reportados subjetivamente pelos cuidadores. Verificou que o Nível de funcionalidade nos idosos, na maioria foi o nível 3 (fazer sem ajuda) para as atividades de vida diária PADL e atividades instrumentais AIVD. Os relatos subjetivos idosos em comparação com a avaliação objetiva podem apresentar que alguns idosos fazem as atividades sem ajuda, outros com ajuda e aqueles que não fazem as tarefas sozinhos, e, assim, necessitaram de algum tipo de ajuda. As informações subjetivas reportadas pelos cuidadores foram discordantes em comparações com a avaliação objetiva em alguns itens das escalas. Os idosos tendem a se avaliar melhor que seus cuidadores. Os cuidadores reportam que os idosos conseguem realizar a tarefa, mas, na avaliação objetiva, alguns não fazem. Conclusões: Há importantes diferenças entre as capacidades funcionais relatadas pelo próprio idoso e seus cuidadores quando comparadas com a observação direta destas tarefas pelo enfermeiro, o que indica a necessidade de basear as ações e os cuidados muito mais na avaliação direta do que exclusivamente nos relatos dos clientes e de seus cuidadores