Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Perez, Carlos Alberto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-20231122-093300/
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Resumo: |
Este estudo reúne informações sobre a bioecologia de Amblyomma cajennense, para compreender por que um determinado ambiente se torna lugar favorável para a proliferação de carrapatos. Investigaram-se as preferências quanto ao hábitat de A. cajennense e realizado zoneamento. As maiores infestações foram observadas em espaços sombreados, com alimento abundante para capivaras (Hydrochaeris hydrochaeris), próximos de corpos dágua e com presença permanente desse roedor. A. cajennense de vida livre foi a espécie dominante, com índice de ocorrência de 99,8%. Outra espécie encontrada foi Amblyomma dubitatum Neumann. Foi estimada a população média de 1669 ninfas de Amblyomma spp/0,2 m2 nas áreas mais infestadas do Campus. Verificou-se que interferências desfavoráveis como a remoção com armadilhas ou aplicação de piretrinas naturais de curto período residual diminuem a população deAmblyomma spp. de vida livre, e que é possível a remoção quase total de ninfas num determinado espaço. Analisaram-se 52 indivíduos da mastofauna e 158 da avifauna quanto à prevalência e intensidade de infestação. Nestes animais foi contabilizado um total de 12418 Amblyomma spp. sendo 7343 adultos e 5075 de formas imaturas. Dos adultos encontrados parasitando capivaras; 80,8% eram A. cajennense e 19,2% A. dubitatum. Os maiores números de imaturos de Amblyomma spp. Foram encontrados em gambás (Didelphis albiventris) (69,1%), capivara (24,4%) e urubu (Coragyps atratus) (3,7%). Das formas imaturas encontradas em gambás, 72,4% eram A. cajennense e 27,6%, A. dubitatum. Um único exemplar de Amblyomma nodosum Neumann foi encontrado parasitando uma ave. A prevalência foi elevada para capivaras, gambás e urubus com 100, 80,8 e 91, 7% respectivamente. Pela facilidade de captura e atratividade de Amblyomma spp., o gambá pode ser usado como bioindicador do estado de infestação de carrapatos em locais endêmicos para febre maculosa. Aspectos relativos aos hospedeiros indicam que capivaras e gambás são potenciais hospedeiros amplificadores de R. rickettsii; seguidos por eqüídeos, urubus e gatos errantes. Estudou-se a atividade de produtos químicos e biológicos sobre Amblyomma spp., em área de intensa infestação de carrapatos de vida livre. Neem (3L/ha), não mostrou qualquer atividade sobre os carrapatos. Sobre ninfas, os melhores resultados foram obtidos com Bifenthrin, Lambdacyalothrin e Fipronil a 25; 15, e 120 gia/ha respectivamente. Metarhizium anisopliae (5x109) (5L/ha), foi medianamente satisfatório para o controle de ninfas. Produtos foram usados em grandes parcelas infestadas com Amblyomma spp. O controle foi conseguido no Campus Luiz de Queiroz com 3 a 6 pulverizações no período de um ano nos lugares mais freqüentados por capivaras. A análise de resíduos na água e no solo não indicaram contaminação desses substratos. Avaliação do efeito de repelentes a base de Deet aplicados na pele humana mostrou proteção repelente por período de até 2 horas. O Permethrin aplicado em roupas mostrou-se efetivo na proteção contra ninfas e adultos do carrapato-estrela a partir de 0,086 mgia/cm2 de tecido. (Anexos disponíveis apenas na versão impressa) |