Habilidades linguísticas de crianças pré e pós-transplante hepático

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Paula, Erica Macedo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-24082015-091529/
Resumo: Introdução: A doença hepática crônica na infância aumenta o risco de deficit neurocognitivo e linguístico, que pode persistir mesmo após o transplante de fígado (TxH) bem-sucedido. O objetivo da pesquisa foi verificar se há atraso no desenvolvimento linguístico em crianças com idade entre 2 anos e 7 anos e 11 meses, pré TxH e pós TxH. Método: A casuística foi constituída por 76 crianças, sendo 31 pré TxH e 45 pós TxH. O grupo controle (GC) foi composto por 60 crianças. Para verificar as habilidades linguísticas, foi aplicado o Test of Early Language Development-TELD-3. Para complementar, foram coletados dados clínicos e socioeconômicos. Resultados: O desempenho das crianças na fila de espera do transplante foi significativamente inferior ao do GC (p < 0,001) e ao do grupo pós TxH (p < 0,001), com valores abaixo da média, de acordo com o TELD-3. O grupo pós TxH apresentou média inferior à do GC (p=0,031), entretanto, com valores na média, de acordo com o TELD-3. Na análise de regressão, para o pré TxH a idade apareceu como fator de risco (OR=1,075; p=0,050) e para o pós TxH, a renda mensal (OR = 0,999; p=0,055). Conclusões: Constatou-se atraso das habilidades gerais de linguagem em crianças pré TxH, sendo a idade o único fator de risco apontado para o atraso linguístico. Para o grupo pós TxH não foi observado atraso linguístico. Entretanto, o desempenho foi inferior ao do GC e o único fator de risco indicado foi a renda familiar mensal. É necessário que as crianças sejam acompanhadas por equipe multiprofissional no momento pré TxH e no pós TxH imediato, para minimizar os deficit linguísticos e otimizar seu desenvolvimento