Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Turkiewicz, Gizela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-26042012-112051/
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Resumo: |
Adolescentes do sexo feminino são a população mais frequentemente acometida pela anorexia nervosa (AN), com prevalência média de 2,5%, quando considerados critérios diagnósticos adaptados para esta faixa etária. A apresentação da AN em adolescentes é semelhante a de adultos, no entanto existem particularidades nos sintomas relacionadas ao nível de desenvolvimento cognitivo e emocional. A AN manifesta-se por: perda de peso, perturbações na forma de vivenciar a forma corporal, medo de engordar, restrição alimentar, comportamentos compensatórios e alterações menstruais. No Brasil, existem poucos recursos especializados para o tratamento da AN na adolescência e não foram realizados previamente estudos sistematizados sobre o tema. Estudos realizados em países de língua inglesa demonstram que o tratamento familiar (TF) apresenta bons resultados no tratamento da AN em adolescentes. Este estudo tem como objetivo a comparação de efetividade e de custos entre o TF e o tratamento multidisciplinar (TM). Inicialmente foi realizado um estudo piloto, incluindo nove pacientes de 11 a 17 anos do sexo feminino com diagnóstico de AN, tratadas com o TF. Posteriormente foi realizado um estudo comparativo, com os mesmos critérios de inclusão, com 20 pacientes que receberam o TF e foram comparadas com um grupo-controle histórico de 24 pacientes tratadas com TM. Foram calculados os custos diretos de ambas as modalidades de tratamento. Foram utilizadas como medidas de avaliação: DAWBA, CGAS, EDE-Q. No estudo piloto, as variáveis peso, IMC, EDE-Q, CGAS e amenorreia foram comparadas antes e após o TF. Foram observados resultados estatisticamente significativos em recuperação de peso e IMC (p=0,036). Foi observada melhora das demais variáveis após o tratamento, no entanto estes resultados não foram estatisticamente significativos. No estudo comparativo, 75% das pacientes que receberam o TF e 62,5% das pacientes que receberam TM apresentaram recuperação dos sintomas de AN, sem diferença estatisticamente significativa entre os grupos (p=0,378). Ambos os grupos apresentaram recuperação de peso, IMC e CGAS satisfatórias após o tratamento, sem diferença estatisticamente significativa entre os grupos. Tanto no TF quanto no TM, o maior tempo de sintomas antes do início do tratamento interferiu negativamente na resposta ao tratamento, reduzindo a chance de recuperação dos sintomas. Os custos diretos do TM são aproximadamente o dobro dos custos do TF. Tanto o TF quanto o TM demonstraram-se alternativas efetivas de tratamento para AN ! na população estudada. No entanto, o custo do TM é consideravelmente maior. O TF é uma alternativa de tratamento efetiva e economicamente viável, podendo ser disseminado para outros centros, possibilitando maior acesso a tratamento para adolescentes com AN |