Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Renata Nakata |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-13082014-162854/
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Resumo: |
A prevalência de sintomas de asma, broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE), hiperresponsividade brônquica (HRB) e alergia em atletas que praticam modalidades de alto rendimento e longa duração tem aumentado nas últimas décadas e tem sido estudada principalmente em atletas de inverno e nadadores. No entanto, a prevalência de sintomas de asma e alergia e os mecanismos inflamatórios envolvidos no BIE que ocorre em corredores de longa distância permanecem pouco conhecidos. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo avaliar a prevalência de sintomas de asma e alergia em corredores de longa distância de elite e investigar os mecanismos inflamatórios envolvidos no BIE nos atletas sem histórico de asma. Casuística e Métodos: Este estudo foi realizado em duas fases: na Fase I, foi avaliada a prevalência de sintomas de asma e alergia em 201 corredores de longa distância, através da aplicação dos questionários ISAAC e AQUA©. Na Fase II, foram avaliados os mecanismos inflamatórios envolvidos no BIE de 40 corredores que não apresentaram sintomas de asma na Fase I e que foram selecionados aleatoriamente. Nesta fase, os atletas compareceram ao laboratório em três momentos, com intervalo máximo de duas semanas entre cada visita, e foram submetidos às seguintes avaliações 1º) escarro induzido e teste cardiopulmonar máximo, 2º) broncoprovocação por metacolina e, 3º) óxido nítrico no ar exalado (FeNO), metabólitos LTE4 e 9alfa, 11beta-PGF2 e teste de hiperventilação eucápnica voluntária (HEV). Resultados: A prevalência de sintomas de asma e alergia foi de 6,5% e 60,5%, respectivamente. Ao analisar as questões do AQUA©, observou-se alta frequência de sintomas de BIE (62,3%) e rinite (56,6%). Os sintomas de alergia não foram associados a variáveis como gênero, idade, experiência em corridas de longa distância, volume de treinamento semanal e desempenho em provas de meia maratona e maratona. Verificou-se ainda que a prevalência de BIE foi de 27,5%. Quando comparados os atletas BIE+ e BIE- não foram observadas diferenças nos valores de VEF1 absoluto, nas medidas antropométricas, nas características de treinamento e também no desempenho. Os atletas BIE+ relataram mais sintomas de alergia (p=0,03), se mostraram mais responsivos à metacolina (p=0,01), apresentaram maior porcentagem de eosinófilos no escarro (p=0,03) e níveis mais elevados de FeNO (p < 0,001*) quando comparados aos atletas BIE-. Os níveis urinários de LTE4 e 9alfa, 11beta-PGF2 basais e após 60 minutos do teste de HEV foram similares entre os grupos BIE+ e BIE-, no entanto, ao comparar os níveis destes mediadores antes e após o teste de HEV, observou-se uma diminuição nos níveis de LTE4, apenas nos atletas BIE- (p=0,04). Conclusões: Corredores de longa distância apresentam elevada prevalência de sintomas de alergia e BIE e baixa prevalência de sintomas de asma. Além disto, os atletas BIE+ referem mais sintomas de alergia, são mais hiperresponsivos à metacolina, apresentam um padrão inflamatório eosinofílico e elevados níveis de FeNO embora sem diferenças nos níveis basais dos metabólitos do mastócito |