Hombres de maíz: o entretempo de um romance

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Arantes, Adriana Andrade Junqueira de Brito
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-09012023-143014/
Resumo: O objetivo primordial desta dissertação de mestrado está centrado na realização de um estudo da estrutura narrativa do romance Hombres de maíz (1949), do guatemalteco Miguel Ángel Asturias (1899 - 1974). Para alcançar a conformação de sua estrutura narrativa entendo que é preciso situar o autor em relação à literatura latino-americana, bem como estabelecer os nexos da sua poética em relação às textualidades pré-colombianas e às vanguardas literárias. Em seguida, duas leituras pontuais: a primeira se estabelece a partir do diálogo existente entre o romance e outros textos como o Popol-Vuh (livro sagrado dos maias meso-americanos) e Macunaíma de Mário de Andrade. A segunda leitura parte de uma análise da própria obra do autor, que leva em conta o seu conjunto de escritos pregressos ao romance de 1949. Utilizando primordialmente as teorias de Mikhail Bakhtin e de Ángel Rama quanto ao desenvolvimento das narrativas, procuro entender os vínculos que Hombres de maíz mantém com as estéticas de vanguarda do início do século XX - o surrealismo em particular - e com as propostas transculturadoras da nova novela latino-americana, cujo ápice se deu em torno de 1960. O estudo desses dois momentos de consolidação da literatura latino-americana, assim como uma afinada leitura dos textos críticos que buscam estudá-los, permite analisar como se colocam em tensão as perspectivas sobre as quais o romance se assenta e, ainda, compreender o entre-lugar que a referida obra ocupa em relação a esses movimentos literários