Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Inagaki, João Hiroyuki de Melo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76134/tde-27102023-092359/
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Resumo: |
O conceito de temperaturas absolutas negativas para sistemas físicos existe há mais de 70 anos. O começo desta investigação se dá inicialmente a partir de sistemas de spins nucleares com estados de população invertida. Na última década, cresceu o interesse em investigar a consistência entre temperaturas negativas e termodinâmica e mecânica estatística usuais, uma vez que uma das implicações de tais temperaturas é a realização de máquinas térmicas com eficiências maiores que de Carnot. Contribuições recentes põem a validade de temperaturas negativas como um problema de definição da expressão fundamental da entropia no ensemble microcanônico. É dito que a entropia termodinamicamente consistente é a entropia de Gibbs, que considera todos os estados de energia em um volume do espaço de fase, ao contrário da entropia de Boltzmann, usualmente utilizada na mecânica estatística. O propósito deste trabalho é fornecer uma visão abrangente sobre o estado atual do conhecimento em relação às temperaturas negativas. Esclarecemos os aspectos teóricos essenciais e as questões em debate, examinando tanto os estudos clássicos sobre o assunto quanto as descobertas mais recentes. Mostramos que máquinas de Carnot com eficiências maiores que 1 não são possíveis, mas que a perspectiva de realização de um reservatório térmico a temperaturas negativas implica a possibilidade de eficiências de Carnot iguais a 1. Avaliamos as controvérsias com relação a consistência termodinâmica das entropias e reivindicamos que não há motivos da entropia de Boltzmann ser inconsistente dentro do escopo da termodinâmica, de sistemas macroscópicos. Ademais, exploramos mecanismos de medição de temperaturas negativas, mostrando que é possível a modelagem de um termômetro atuando sobre poucos graus de liberdade de um sistema de interesse, capaz de medir temperaturas negativas de maneira consistente. |