A política que alimenta e a violência que mata: elementos para uma economia polí­tica da urbanização de favelas em cidades do Brasil e da Colômbia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Iacovini, Rodrigo Faria Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16139/tde-26092019-113927/
Resumo: A partir de extensa análise bibliográfica, documental e empírica, a tese busca discutir questões tratadas como secundárias pela literatura do campo e contribui para a reflexão sobre os elementos que constituem a economia política da urbanização de favelas em cidades do Brasil e da Colômbia nas últimas quatro décadas. Aprofunda-se, para tanto, na compreensão do processo de urbanização a partir de dois eixos principais: a violência estrutural que permeia e molda nossa sociedade (e como ela é mobilizada politicamente, especialmente no âmbito de políticas de urbanização de favelas) e o entrelaçamento entre as dinâmicas da \"Política\" (em sentido mais ampliado, do sistema político, da representação, dos governos e da cidadania) e da \"política\" (no sentido da política pública setorial de urbanização). Longe de ser uma questão meramente técnica ou espacial, a urbanização de favelas se revela enredada em densas e múltiplas redes e campos de força e poder; entre a violência, a política (com \'P\' e com \'p\'), os diversos interesses e necessidades. O problema a ser encarado são os conflitos entre as diversas e assimétricas territorialidades que configuram e constituem esses territórios e que produzem e reproduzem não somente o espaço urbano, mas o espaço político como um todo nas cidades brasileiras (São Paulo e Rio de Janeiro) e colombianas (Medellín e Bogotá) estudadas na pesquisa. Desnuda-se, ao final, como estes elementos tem dificultado o estabelecimento de uma agenda pública permanente de atuação do estado no setor, o qual, apesar do desenvolvimento histórico e da ampliação da escala, sentidos e importância na agenda política, continuamente se encontra oscilando em termos de prioridade no interior do estado de forma profundamente imbricada com os contextos social, político e econômico.