Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Lima, Fabio Barbosa de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-28022020-170621/
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Resumo: |
Neste estudo analisamos como a descortesia está elaborada linguisticamente nas interações em publicações de temática político-ideológica na rede social Facebook no Brasil e na Argentina. Nossos corpora são constituídos por comentários em postagens nas páginas dos veículos de comunicação brasileiros UOL e Carta Capital e dos argentinos Clarín e Página 12 nessa rede social. Ao nos voltarmos para os pressupostos teóricos da Pragmática Sociocultural e dos estudos da (des)cortesia, recorremos aos postulados de Bravo (1999, 2005) e Kaul de Marlangeon (2005, 2008) e, ainda, aos aportes da Ciberpragmática, com Yus (2011); além das contribuições das Ciências Sociais, como Sibilia (2016). Para tratar das premissas culturais dos dois países, temos os estudos de Holanda (1995 [1936]), Grimson (2007), Palermo (2015) e Schwarcz (2019). Considerando a polarização político-ideológica do período estudado (2014-2017), nos centramos na análise das manifestações de descortesia, tomando por base as categorias de afiliação exacerbada e de refratariedade, apresentadas por Kaul de Marlangeon (2005), como paralelas para as categorias de autonomia e afiliação, no âmbito da cortesia, propostas por Bravo (1999). Cotejamos a análise do material com os resultados do teste de hábitos sociais, ferramenta proposta por Hernández Flores (2003), para verificar a percepção de informantes brasileiros e argentinos sobre nosso objeto de estudo. Os resultados apontam que em meio a este maior acirramento do confronto nas interações nas redes sociais no contexto político-ideológico, a descortesia assume a a função fomentar a discussão. Do lado brasileiro é possível observar um número considerável de insultos, porém, sem enfrentamento direto tão destacado; do lado argentino, por sua vez, há um enfrentamento direto mais acentuado, com mais elementos na construção da argumentação. Em ambos os lados, nota-se, muitas vezes, que há por parte dos interagentes uma preocupação maior em marcar o seu poscionamento político-ideológico, do que com a manutenção da interação. |