Avaliação do estresse oxidativo em humanos e em animais suplementados com ácidos graxos polinsaturados omega-3

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Monteiro, Vania Claudia Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9131/tde-29052007-092628/
Resumo: Ácidos graxos polinsaturados Omega-3 (n-3 PUFA) tais como o ácido eicosapentaenóico (C20:5 n-3, EPA) e docosahexaenóico (C22:6 n-3, DHA) reduzem a concentração plasmática de triacilgliceróis em humanos. Entretanto, uma alta proporção desses ácidos graxos na dieta poderia favorecer a susceptibilidade das células à peroxidação, aumentando o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Embora modelos animais não sejam recomendados para avaliar o efeito de n-3 PUFA nas lipoproteínas plasmáticas, estes têm sido amplamente utilizados como modelo para avaliação de dano oxidativo. Diferenças nos procedimentos metodológicos também têm gerado dificuldade na comparação de resultados. Desta forma, o objetivo deste estudo foi aplicar os mesmos procedimentos metodológicos para comparar o efeito da suplementação de n-3 PUFA nos biomarcadores plasmáticos de estresse oxidativo utilizando um modelo humano e um modelo animal. Indivíduos foram aleatoriamente distribuídos em dois grupos num delineamento paralelo duplo cego e receberam uma suplementação de 460,0 mg/dia de n-3 PUFA (OMEGA) contendo 240,0 mg de EPA + 160,0 mg de DHA + 60,0 mg de outros n-3 PUFAs, ou óleo de soja (PLACEBO) durante 6 semanas. Ratos Wistar também foram distribuídos em dois grupos e receberam uma dieta contendo 192,5 mg/dia de n-3 PUFA (FO) sendo 116,3 mg de EPA + 61,5 mg de DHA + 14,7 mg de outros n-3 PUFAs ou óleo de soja (SO) durante 3 semanas. Indivíduos do grupo OMEGA apresentaram maior concentração de malondialdeído (MDA) no plasma medido por TBARS quando comparado aos respectivos valores no baseline. A suplementação com n-3 PUFA não alterou a concentração plasmática de α-tocoferol e a atividade antioxidante determinada pelo método DPPH. Apesar dos animais terem recebido doses 10 vezes maiores de n-3 PUFA (2,9 mg/kcal) quando comparadas aos humanos (0,3 mg/kcal) não foram observadas alterações entre os grupos FO e SO para as concentrações de MDA no plasma e no homogenato de cérebro. Em resumo, pode-se sugerir que o modelo animal usado neste estudo parece não ser o mais adequado para avaliar o estresse oxidativo após intervenções dietéticas com n-3 PUFAs em função de diferenças no metabolismo e nos mecanismos de proteção antioxidante observados entre os dois modelos.