Relação entre a composição corporal e indicadores metabólicos com a actimetria do sono no adulto

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Machado, Luis Artur Mauro Witzel
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Actigrafia; Actigraphy; Body composition; Composição corporal; Duração do sono; Eficiência do sono; Metabolic variables; Privação do sono; Sleep; Sleep deprivation; Sleep duration; Sleep efficiency; Sono; Variáveis metabólicas
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17163/tde-10112023-163029/

Introdução: O sono está associado a processos fisiológicos e metabólicos, como alterações na regulação do apetite, na imunidade, na função hormonal e no sistema cardiovascular. Entretanto, a associação entre o sono, a composição corporal e variáveis metabólicas em diferentes faixas etárias, sobretudo em estudos de maior tamanho amostral, ainda é imprecisa. Objetivo: avaliar a relação do sono com a composição corporal e o perfil metabólico em adultos jovens, especificamente, analisar a relação do peso corporal, índice de massa corpórea (IMC), percentual de gordura corporal, triglicérides, colesterol total, low density lipoproteins (LDL), high density lipoproteins (HDL), glicemia, proteína C reativa e insulina basal com latência para o início do sono (LS), tempo total de sono (TTS), tempo acordado após o início do sono (WASO), eficiência do sono (ES), número de despertares após o início do sono e duração média do despertar. Materiais e Método: estudo transversal, observacional, alinhado a uma coorte de indivíduos nascidos em 1978/79 na cidade de Ribeirão Preto/SP, sendo coletados dados de sono por meio de actígrafos, além de variáveis de composição corporal e metabólicas. Resultados: A amostra foi composta por 980 indivíduos, sendo 53,8% do sexo feminino e 36,2% classificados como obesos de acordo com o IMC. Na análise bivariada, foram encontradas as seguintes associações positivas: LS com triglicérides (p = 0,002) e colesterol (p = 0,022); TTS com porcentual de gordura corporal (p = 0,003); WASO com peso (p = 0,004), IMC (p = ,0.001), percentual de gordura corporal (p = 0,003), triglicérides (p = <0,001) e proteína C reativa (p = <0,001). Em contrapartida, esta análise mostrou correlações negativas entre: TTS e peso (p = 0,003); ES e peso (p = <0,001), IMC (p = <0,001), triglicérides (p = 0,002), glicemia (p = 0,044) e proteína C reativa (p = <0,001). No modelo final de regressão linear, o colesterol se manteve em associação positiva a LS (beta = 0,01; p = 0,024), bem como o IMC associado ao WASO (beta = 0,88; p = 0,002). Além disso, o IMC (beta = -0,10; p = 0,006) e o triglicérides (beta = -0,00523; p = 0,048) mantiveram associação negativa com a ES. Conclusão: Houve associação entre obesidade e níveis aumentados de colesterol quando comparados às variáveis do sono, sendo necessários estudos longitudinais para avaliar a relação de causa e efeito.