Avaliação do perfil de ativação de células T nas fases recente e estabelecida de infecções por subtipos C e não C do vírus HIV-1

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Costa, Priscilla Ramos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-11052017-161346/
Resumo: A pandemia Hiv/ Aids já resultou em mais de 34 milhões de pessoas infectadas pelo vírus no mundo até o momento. Causada pelo HIV, de caráter crônico que evolui para um quadro clínico de imunodeficiência (Aids), pode tornar o indivíduo susceptível a infecções oportunistas potencialmente letais. Diferentes fatores foram identificados por ativar o sistema imune, incluindo genótipos do hospedeiro (HLAB-27, HLA-B57, CCR5delta32), co-infecções (GBV-C) e alguns fatores virais como a capacidade de replicação (fitness) e tropismo celular. O HIV-1 possui diversidade genética extensa e dinâmica. Considerando a variabilidade genética dentro do cenário da epidemia no Brasil, as clades do HIV-1 predominantes são B, F e C, além de formas recombinantes. Contudo, ainda não foi completamente estabelecido se essa diversidade genética possa influenciar o curso clínico da doença. O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil de ativação celular induzido encontrado em indivíduos infectados por subtipos virais C e Não- C do HIV-1, durante o primeiro ano de infecção (analisando as fases recente e estabelecida). A análise comparativa dos dois grupos (subtipos C vs. Não-C), identificou no grupo do subtipo-C uma maior frequência de células T CD4+ totais ativadas, como também uma maior frequência e ativação nas subpopulações de células T CD4+ de memória, principalmente memória efetora e efetora terminal, na fase estabelecida. Em relação às células T CD8+, deparamos na fase estabelecida com uma maior frequência de células T CD8+ de memória efetora e ativação das mesmas no grupo do subtipo-C em relação ao grupo do subtipo Não-C. Investigamos também a presença de células T CD4+ que se diferenciaram em células T reguladoras, e foi encontrada uma frequência diminuída dessas células no grupo do subtipo C em relação ao Não- C tanto na fase recente como na fase estabelecida. Na análise comparativa das fases recente e estabelecida, o grupo do subtipo Não-C apresentou um declínio tanto na quantidade de células T CD4+ como na frequência de células T CD8+ ativadas após um ano de infecção. Com base nos resultados encontrados, os dois grupos apresentaram perfis de ativação e diferenciação celular diferentes no primeiro ano de infecção pelo HIV-1, o que aponta para diferentes histórias naturais quando comparamos infecção por clades virais distintas