Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Peixoto, Pedro Polastri Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-10062024-112539/
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Resumo: |
Na busca por aprimorar a identificação e preservação do nervo laríngeo recorrente em cirurgias da tireoide, a monitorização intraoperatória de nervos (MION) ganhou destaque nas últimas décadas. Entretanto, são escassos os estudos sobre a modalidade de monitoração intraoperatória com potencial evocado motor (PEM) e estimulação elétrica transcraniana (EETc) do nervo vago nesse contexto. Objetivo: Analisar pacientes submetidos a cirurgias de tireoide com MION realizadas entre 2018 e 2023 em um hospital universitário, visando avaliar o impacto da monitorização multimodal na incidência de paralisia de prega vocal pós-operatória e investigar os achados eletrofisiológicos de PEM por meio de EETc do nervo. Materiais e métodos: Estudo retrospectivo com pacientes submetidos a cirurgia de tireoide e/ou esvaziamento cervical central entre 2018 e 2023 no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. A incidência de paralisia de prega vocal foi comparada entre pacientes submetidos a cirurgia com e sem MION. Também foram analisados os achados relacionados ao PEM no início e final da cirurgia de acordo com a função do nervo testada antes e depois da cirurgia. Resultados: Foram analisadas 285 cirurgias, sendo 200 sem MION e 85 com MION. A taxa de paralisia de prega vocal pós-operatória foi de 19,9% no grupo sem MION e 23,3% no grupo com MION (p = 0,544). Ocorreram três casos de paralisia bilateral no grupo sem MION e nenhum no grupo com MION. Achados de tireoidite no exame histopatológico e a realização de esvaziamento central foram associados a um maior risco de paralisia de prega vocal pós-operatória na amostra, com razão de chances de 2,261 (IC95% 1,182 - 4,326) e 2,646 (IC95% 1,275 - 5,494), respectivamente. Na análise dos PEMs de nervos sem paralisia de prega vocal pré ou pós-operatória, a amplitude inicial média foi de 264 µV e final de 249 µV, com latência mediana inicial de 10,32 ms e final de 10,49 ms. Não houve diferença significativa entre os valores obtidos de acordo com o lado operado, sexo, idade e tipo de cirurgia (primária x reoperação). No grupo de nervos com paralisia de prega vocal pós-operatória, a amplitude média final foi de 259 µV e a latência mediana final foi de 9,48 ms. Em 50% dos nervos com paralisia de prega vocal pós-operatória, foi identificada mudança de morfologia do PEM ao final da cirurgia. Não houve diferença significativa entre parâmetros iniciais versus finais nos dois grupos e na comparação dos parâmetros finais entre os dois grupos. Conclusões: a realização de MION não influenciou significativamente a incidência de paralisia de prega vocal pós-operatória. Entretanto, a monitorização mostrou uma menor incidência de paralisias definitivas e nenhuma paralisia bilateral. Fatores como esvaziamento cervical central e tireoidite aumentaram o risco de paralisia vocal. Não houve diferenças significativas nos parâmetros quantitativos dos PEMs do vago entre nervos com e sem mobilidade pós-operatória. |