Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Vigorito, Maria Angela Amato |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-23092024-144426/
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Resumo: |
A Covid-19 (Coronavirus Disease 2019) causada pelo SARS-CoV-2 (Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavírus-2) foi declarada uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de março de 2020 e tornou-se uma catástrofe que assolou o mundo com efeitos devastadores na saúde pública, economia e sociedade. No âmbito da saúde pública, compreender a evolução e os fatores associados a uma pandemia é crucial para a implementação de estratégias eficazes de contenção e mitigação. O estudo transversal prospectivo teve como objetivos principais analisar a transmissão domiciliar do SARS-CoV-2 por profissionais da Saúde (PS) com Covid-19 confirmada ou com infecção assintomática, identificando fatores biológicos, socioeconômicos e culturais associados à transmissão domiciliar do SARS-Cov-2. Foram calculadas: 1) A taxa de infecção domiciliar secundária entre profissionais de saúde com infecção pelo SARS-CoV-2 e seus contactantes; 2) A taxa de infecção domiciliar secundária a partir de casos índices que apresentaram Covid-19 confirmada com rtPCR; e 3) A taxa de infecção domiciliar secundária a partir de casos índices que apresentaram infecção assintomática pelo SARS-Cov-2. Os casos índices e os casos secundários, incluindo a apresentação clínica e sua gravidade, além dos fatores associados com a doença e infecção assintomática, foram estudados. O impacto da adesão às medidas de higiene e de isolamento e/ou distanciamento social na transmissão domiciliar foi analisado. Os profissionais de saúde (PS) que trabalhavam no Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP, São Paulo, Brasil, previamente infectados pelo SARS-CoV-2, foram incluídos no estudo juntamente com seus familiares e todos que residiam em seu domicílio, doravante denominados contactantes domiciliares (CD), de setembro de 2020 a dezembro de 2020. Os PS eram constituídos por dois grupos: PS que tiveram Covid-19 com rtPCR positivo para SARS-CoV-2 (PS com Covid-19) e PS oligo/assintomáticos, sem antecedentes da infecção, mas com sorologia positiva para o Coronavírus (PS com infecção assintomática). Participaram do estudo 2.358 voluntários, constituídos por 605 profissionais de saúde (PS; casos índice) e seus 1.753 contatos domiciliares. O estudo observou alta taxa de infecção secundária (TIS), 33,88%, a qual é maior do que as taxas de estudos publicados na literatura. A TIS foi estatisticamente maior nas mulheres adultas jovens em comparação aos homens, às crianças e aos idosos. A TIS dos contactantes de PS que tiveram COVID confirmada por rtPCR (21,17%) foi estatisticamente maior do que a TIS dos contactantes de PS que tiveram infecção assintomática confirmada por sorologia (18.07%). Os profissionais de saúde apresentaram soropositividade de 78,5% após cerca de 4 meses da infecção pelo SARS-CoV-2. Os profissionais que tiveram Covid-19 apresentaram maior taxa de produção de anticorpos (84,0%) do que os profissionais que apresentaram infecção assintomática (77,4%). A maioria dos profissionais da Saúde considerava ter adquirido a infecção pelo SARS-CoV-2 no ambiente hospitalar e a não identificação de uma fonte de transmissão por parte dos trabalhadores esteve associado à infecção assintomática e ao uso de transporte público. Os profissionais de saúde mais idosos e com comorbidades tiveram pior prognóstico, com necessidade de internação hospitalar, inclusive em unidade de terapia intensiva. Apenas 70,4% dos PSC se isolaram de seus familiares por 14 dias. A taxa de infecção secundária domiciliar nos contactantes que preencheram o questionário foi de 32,4%, incluindo 26,4% de contactantes com infecção assintomática. Desses contactantes, 63,1% consideravam ter sido infectados em casa e 28,3% não conseguiram identificar a fonte da transmissão |