Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Hidalgo, Mirian Marubayashi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25136/tde-21032005-084631/
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Resumo: |
As reabsorções dentárias são inflamatórias e/ou substitutivas e representam o fenômeno principal que impede o sucesso dos transplantes e reimplantes dentários. Sua ocorrência pode ser conseqüência de traumatismos, periapicopatias e movimentação dentária induzida. Na odontogênese, a dentina fica sempre escondida" do sistema imunológico e posteriormente protegida pelo esmalte, cemento e cementoblastos no lado externo e pela camada de odontoblastos internamente. Duas proteínas não colagênicas são específicas da dentina: a fosfoforina e a sialoproteína dentinária. Construiu-se a seguinte hipótese: a dentina, como antígeno seqüestrado, pode induzir fenômenos auto- imunes e participar da etiopatogenia das reabsorções dentárias. A partir de dentes humanos, obteve-se um extrato dentinário inoculado em coelhos para análise dos soros imunes. O extrato dentinário humano apresentou capacidade de indução à resposta imunológica e reagiu com anticorpos de coelho. Foram selecionados 12 pacientes com reabsorção radicular inflamatória apical ativa, 12 indivíduos saudáveis sem quaisquer evidências de reabsorção radicular e quatro pacientes com reabsorção radicular por substituição. Através da metodologia Western blotting, verificou-se que a maioria das frações do extrato dentinário humano foi reconhecida de forma semelhante por pacientes com reabsorção dentária e controles, mas seis delas foram reconhecidas de forma estatisticamente diferente, não sendo reconhecidas como próprias pelo sistema imunológico. O extrato dentinário humano foi fracionado e os subprodutos coletados por intervalo de tempo com a utilização de HPLC. Resultados de ELISA demonstraram que os soros de pacientes com reabsorção dentária apresentaram quantidades maiores de IgG antiextrato dentinário humano e antifrações que indivíduos controles, sendo possível traçar um perfil sorológico próprio e possivelmente identificador do processo. IgM sérica antiextrato dentinário humano e antifrações dos pacientes com reabsorção inflamatória estavam em quantidades maiores ou iguais aos demais grupos estudados. Os perfis séricos de IgG e IgM permitem identificar especificidades dentro do próprio grupo de reabsorções dentárias, dividindo-as em inflamatória e por substituição. Há heterogeneidade na imunogenicidade das frações do extrato dentinário. As culturas de células provenientes de pacientes com reabsorção dentária mostraram índices de proliferação menores que os controles quando estimulados com o extrato dentinário ou suas frações, mas normais quando estimulados com mitógenos. O extrato dentinário humano e suas frações apresentaram capacidade de induzir à liberação de todas as citocinas relacionadas com a reabsorção dentária em maior ou igual concentração nas células de pacientes com reabsorção inflamatória se comparados com os controles sem reabsorção. Isto não foi observado nas células de pacientes com reabsorção por substituição, permitindo identificar os grupos com reabsorção dentária. Os resultados obtidos confirmam a hipótese que a dentina apresenta imunogenicidade e que o perfil sorológico dos pacientes com reabsorção dentária pode ser identificado por análise bioquímica sangüínea. O seu delineamento preciso pode levar ao diagnóstico precoce da reabsorção dentária antes que se manifeste radiograficamente. |