Sustentabilidade, ayahuasca e manejo: análise das técnicas, normas e reflexos socioambientais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Antunes, Igor Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100136/tde-06112023-204802/
Resumo: A ayahuasca trata-se de um chá de origem indígena utilizado por populações tradicionais do bioma amazônico. A partir de década de 1930 estes grupos passam a se expandir para outras regiões, incialmente no âmbito nacional e depois internacionalmente. Sua expansão gera uma maior demanda pela bebida, assim como uma pressão sobre as espécies vegetais Banisteriopsis caapi e Psychotria viridis que a compõe. Neste sentido, a pesquisa tem o objetivo de analisar a sustentabilidade destes grupos sob as perspectivas social, econômica e ambiental, sobretudo no que diz respeito às técnicas de manejo destas espécies, tanto sobre o cultivo quanto a coleta, e o processo produtivo da bebida. Além de aspectos relacionados a normas e manutenção do direito a religiosidade por parte destes atores. Foi realizado levantamento bibliográfico sobre o tema, em que foram observados os elementos referentes a sustentabilidade destes grupos na literatura. Em paralelo foi realizado trabalho de campo em três organizações ayahuasqueiras nas regiões Norte, Sul e Sudeste, buscou-se fazer conexões entre os dados obtidos na bibliografia em diálogo com os achados de campo. Foram obtidos resultados que mostram como estes grupos vêm atuando na busca de sua sustentabilidade, na perspectiva social foram tratados elementos referentes à institucionalização do uso da ayahuasca, assim como os desafios a garantia do direito a religiosidade. Sobre a perspectiva econômica observou-se como a atuação destes grupos vai ao encontro dos princípios da economia ecológica, além da manutenção das tradições relacionadas ao contexto econômico de suas práticas culturais. Na perspectiva ambiental foi analisada a legislação referente ao tema, além das observações sobre como os grupos vêm adotando técnicas conservacionistas de cultivo e coleta, e aprimorando o processo produtivo da bebida, contribuindo para a sustentabilidade deste fenômeno no cenário nacional.