A hipertensão arterial como condição sensível à atenção primária: possibilidade de avaliação e planejamento em saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ferreira, Marianna
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-09012015-104725/
Resumo: Da necessidade de instrumentos de avaliação do impacto da Atenção Primária à Saúde na população, emerge a utilização do indicador indireto de efetividade Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária. Parte-se do pressuposto de que resolubilidade de ações desenvolvidas à nível primário de atenção refletem na redução das internações por grupos de causas específicas definidas, no Brasil, através da Lista Brasileira de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária. A hipertensão arterial sistêmica, por ser uma condição crônica de alta carga social e fator de risco para as doenças cardiovasculares é considerada uma condição sensível. Objetivou-se analisar a ocorrência de internações por hipertensão categorizada no Grupo 9 da Lista Brasileira de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária, nos residentes de Ribeirão Preto, para o período de 2000 a 2008, segundo as variáveis sexo, faixa etária, tipo de internação e condição de saída. Estudo descritivo, retrospectivo que teve como base a distribuição da ocorrência das internações por hipertensão de modo proporcional à população, utilizando-se de dados secundários, com aprovação prévia em Comitê de Ética local. Os resultados evidenciaram que as internações por hipertensão, no período analisado, sofreram variações, porém se comparados os anos de 2000 e 2008, o número de internações manteve-se estável e que as internações por condições mais simples do ponto de vista clínico sofreram redução e as mais complexas sofreram acréscimo. Há predomínio de registros de internações de responsabilidade do Sistema Único de Saúde, mulheres, pessoas acima de 50 anos e alta como condição de saída. Os dados descritos favorecem a possibilidade de planejamento das ações de saúde com dimensão para novas estratégias de promoção de saúde e de prevenção de agravos em nível primário de atenção, podendo, por meio de hipóteses descritivas, ampliar as possibilidades de manejo de doenças crônicas como a hipertensão