Sazonalidade da atividade cambial em lianas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lima, André Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-03042013-085035/
Resumo: Introdução e objetivos Apesar de ser um importante componente estrutural de florestas tropicais e causar impactos na dinâmica e funcionamento destas florestas, pouco se sabe sobre a sazonalidade do crescimento de lianas em seu ambiente natural. Lianas ainda possuem uma rica diversidade de arranjos de tecidos vasculares em seus caules devido à presença de variações cambiais. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo analisar a sazonalidade da atividade cambial e da diferenciação do xilema de três espécies de lianas pertencentes a famílias com maior diversidade do hábito nos neotrópicos e com diferentes configurações em seus sistemas vasculares caulinares, Stizophyllum riparium (Bignoniaceae), Dalbergia frutescens (Leguminosae) e Serjania laruotteana (Sapindaceae), bem como verificar se há relação entre a sazonalidade da atividade cambial e a sazonalidade da pluviosidade; e se há a formação de camadas de crescimento anuais no xilema. Métodos A sazonalidade da atividade cambial e da diferenciação do xilema foi estudada através de coletas periódicas de porções caulinares ao longo de um ano, correlacionando-se esses dados com a pluviosidade. Resultados As três espécies apresentaram sazonalidade nas suas atividades cambiais, correlacionada com a pluviosidade. S. riparium e D. frutescens apresentam um período de atividade cambial de cerca de seis meses, com início no pico do período chuvoso, e um período de dormência no resto do ano. S. laruotteana apresenta atividade cambial contínua ao longo do ano, com um pico de atividade relacionado com o período chuvoso. O câmbio não apresenta atividade contínua por toda sua extensão nas três espécies, sendo que as variações cambiais de S. riparium e S. laruotteana tem grande influência, respectivamente, sobre as regiões onde a atividade cambial se inicia e tem maior intensidade. Camadas de crescimento anuais são formadas no xilema secundário de S. riparium e S. laruotteana. Quando a atividade cambial não se estende por toda circunferência do caule, camadas de crescimento confluentes são formadas. Conclusões A espécies apresentam sazonalidade na atividade cambial correlacionada com a pluviosidade. Entretanto, os diferentes padrões de atividade cambial encontrados são espécie-específicos, e não podem ser explicados apenas pela pluviosidade