Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Porporatti, André Luís |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25146/tde-14082013-090225/
|
Resumo: |
Odontalgia Atípica (OA) é uma condição dolorosa orofacial crônica de intensidade moderada a severa, que ocorre nas estruturas dentoalveolares e na mucosa oral. É considerada de difícil diagnóstico por estar associada com a ausência de alterações clínicas e radiográficas perceptíveis. Seus aspectos patofisiológicos sensoriais e de manutenção e perpetuação da dor ainda são mal compreendidos. Os objetivos deste estudo foram: (1) avaliar as alterações somatossensoriais em pacientes com OA através dos testes sensoriais quantitativos (QST); (2) ampliar o conhecimento disponível sobre os mecanismos de modulação da dor através do teste de controle de modulação da dor (CPM); e (3) avaliar as condições psicológicas como ansiedade e depressão, qualidade do sono e qualidade de vida através de questionários auto-aplicáveis. Um total de 50 indivíduos foram incluídos, sendo 25 sujeitos do grupo sintomático com OA (19 mulheres, 58,25 +- 12,17 anos de idade) e 25 sujeitos saudáveis do grupo controle (19 mulheres, 58,92 +- 7,39 anos)(p>0.05). Os QSTs englobaram os testes de Limiar de Detecção Mecânica (MDT), Limiar de Sensibilidade Dolorosa Mecânica (PDT), Teste Mecânico de Alodinia com cotonete (DMA1) e escova dental (DMA2), Testes de Detecção Dolorosa do tipo quente (HPD) e gelado (CPD) e o Teste de Somação Temporal (WUR). O controle de modulação da dor foi feito através do teste CPM e as avaliações psicológicas através do Inventário de Ansiedade e Depressão de Beck, o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburg e o Questionário de Qualidade de Vida SF-36. Os QSTs foram repetidos após a aplicação de uma pomada anestésica de Benzocaína 2%. A análise estatística foi feita através dos testes t pareado, teste t e o teste não paramétrico de Mann-Whitney, considerando-se um nível de significância de 5%. Os resultados indicaram que sujeitos com OA apresentam ganho sensorial por meio de estímulos térmicos do tipo quente (HPD) e gelado (CPD) e estímulos mecânicos dinâmicos (DMA1, DMA2 e WUR), e perda sensorial à estímulos mecânicos (MDT, PDT). Ainda, o teste CPM reduziu a intensidade da dor significativamente somente para o grupo controle. A aplicação tópica de anestesia indicou uma redução significativa na intensidade da dor nos indivíduos afetados. Além disso, sujeitos com OA apresentaram sintomas de maior depressão e ansiedade, qualidade do sono ruim e baixa qualidade de vida comparados à pacientes saudáveis. Este estudo enfatizou que alterações somatossensoriais significativas são encontradas em sujeitos com OA, onde envolve uma participação de processos periféricos de sensitização e condução da dor, associado à fenômenos de alodínia e hiperalgesia, o que sugere alterações em nível de sensitização central. O sistema modulátorio de dor mostra-se deficiente e as condições psicológicas estão afetadas em sujeitos com OA. |