Ensaio clínico randomizado de sobredentaduras mandibulares retidas por mini-implantes ou implantes convencionais: análise de parâmetros clínicos e custo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Vecchia, Maria Paula Della
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-14052015-100146/
Resumo: As próteses do tipo sobredentaduras mandibulares retidas por dois implantes convencionais têm sido consideradas como o tratamento padrão para o edentulismo completo. No entanto, muitos pacientes rejeitam essa modalidade de tratamento devido aos custos e desconforto associados à inserção dos implantes. Os mini-implantes têm grande potencial para a resolução dessas limitações, pois são potencialmente menos custosos que os convencionais e podem ser instalados por meio de técnicas cirúrgicas mais simples. O objetivo deste estudo foi comparar a taxa de sucesso dos implantes e das sobredentaduras, a qualidade das próteses e os custos do tratamento, após instalação de mini-implantes (dois ou quatro) ou de dois implantes convencionais para retenção de sobredentaduras mandibulares, por meio de um ensaio clínico randomizado. Cento e vinte participantes edentados totais (média etária 59,5±8,5 anos) foram alocados aleatoriamente em um dos três grupos conforme o tratamento recebido: (GI) quatro mini-implantes; (GII) dois mini-implantes; e (GIII) dois implantes convencionais (grupo controle). Durante seis meses, as seguintes variáveis de desfecho foram avaliadas: a taxa de sucesso dos implantes e das sobredentaduras (incluindo parâmetros de saúde periimplantar), a qualidade das próteses e custos diretos e indiretos do tratamento. Os grupos foram comparados por meio de ANOVA seguida do teste HSD de Tukey ou Equações de Estimação Generalizadas (EEG) (α=0,05). A taxa de sobrevivência dos implantes foi diferente entre os grupos avaliados: GI (n=152): 94%; GII (n=84): 84% e GIII (n=80): 99%. Apesar de não haver diferença para os outros critérios de sucesso clínico entre os grupos, GI e GII apresentaram menor índice de placa comparado ao GIII, no baseline e após seis meses. GI teve menos ocorrências de dor ao redor de implantes do que os outros grupos em seis meses. A qualidade das próteses também foi diferente para os tratamentos avaliados; as sobredentaduras mandibulares foram mais estáveis no GI comparado com o GIII, após seis meses de uso, com GII apresentando resultados intermediários. Uma tendência inversa foi observada para a estabilidade da prótese total superior, com resultados discretamente superiores no GIII em relação ao GI. Os gastos com os materiais de consumo e permanentes foram menores para o GII (custo médio: R$ 450,67), seguido pelo GI (R$ 778,92), e GIII (R$ 856,44). Os grupos não apresentaram diferenças significantes estatística ou clinicamente para nenhum outro critério avaliado. Concluiu-se que as sobredentaduras mandibulares retidas por quatro mini-implantes são tão eficazes quanto aquelas retidas por dois implantes convencionais. No entanto, as sobredentaduras mandibulares retidas por dois mini-implantes foram menos eficazes, devido à baixa taxa de sucesso dos implantes para este tratamento.