Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Parizzi, Camila |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-18072022-135419/
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Resumo: |
A exposição à radiação solar pode provocar efeitos indesejáveis, como o fotoenvelhecimento cutâneo e câncer de pele. Desta forma é recomendado o emprego de medidas de fotoproteção. A busca de novas substâncias com capacidade fotoprotetora de origem natural nos leva a prospectar princípios ativos a partir de ambientes extremos com alto índice de radiação. Este é o caso do continente Antártico, habitado por organismos capazes de resistir aos danos causados pela alta incidência de radiação solar. Para este estudo foram selecionadas duas espécies de fungos do continente antártico: Geomyces vinaceus, coletado de sedimentos de água de fumarola, e Rhinocladiella similis, isolado da alga parda Phaeurus antarcticus, com objetivo de analisar o potencial fotoprotetor e antioxidante de seus extratos. Para isso foram avaliadas diferentes condições de cultivo dos fungos variando meio de cultura e tempo de incubação para selecionar extratos mais promissores. Foi realizado fracionamento e subfracionamento dos extratos pelas técnicas de cromatografia líquida a vácuo e em camada delgada. Para análise do potencial fotoprotetor foram obtidos os espectros de absorção na região UV das amostras, bem como análise da fotoestabilidade perante exposição à radiação UVA. A atividade antioxidante foi analisada pelo método de neutralização do radical DPPH e pela detecção da geração de ERO intracelular induzida por radiação UVA em monocamada celular (HaCaT). Também foram analisadas a fototoxicidade baseada no guia 432 da OECD em monocamada celular de fibroblastos murinos e a irritação ocular pelo método HET-CAM. Os extratos brutos extraídos com acetato de etila dos fungos cultivados em arroz, suas frações e subfrações, mostraram alta absorção na região do UVA e UVB, entretanto foram consideradas fotoinstáveis perante a dose de radiação utilizada. Os extratos brutos, frações e subfrações do fungo R. similis cultivado em 14 e 28 dias também apresentaram potencial cito e fototóxico, contudo as frações testadas pelo ensaio de HET-CAM não apresentaram potencial irritante. Frações do fungo R. similis cultivado em 28 dias apresentaram boa atividade de neutralização do DPPH e frações de R. similis cultivado em 14 dias apresentaram redução da produção de ERO induzidos pelo UVA em até 22% em baixas concentrações (<25 µg/mL). O estudo realizado contribuiu para indicar possíveis aplicações de frações e substâncias isoladas dos fungos endofíticos estudados. Entretanto são necessários estudos complementares para a confirmar da ausência de toxicidade, avaliar e identificar quais são as substâncias responsáveis pela cito e fototoxicidade e quais são as de interesse para a fotoproteção. |