Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Corrochano, Maria Carla |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-06042009-102813/
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Resumo: |
Esta tese tem por objetivo compreender as maneiras como jovens homens e mulheres envolvidos em um programa público no município de São Paulo (Programa Bolsa Trabalho) vivem e significam a experiência do trabalho e da ausência de trabalho, na qual se inclui a categoria do desemprego. Secundariamente, também se buscou investigar o lugar e os sentidos que o programa teve nos percursos escolares e profissionais desses jovens. No Brasil, é principalmente a partir do início dos anos 2000 que as temáticas do emprego e, sobretudo, do desemprego e da juventude aproximam-se e ganham a cena pública mobilizando a construção de respostas por parte do Estado. Nesse contexto, o programa investigado desenvolveu, na gestão municipal do período 2001-2004, uma estratégia específica de enfrentamento dos crescentes índices de desemprego juvenil: a retirada ou o retardamento do ingresso de jovens no mercado de trabalho, por meio da transferência de renda e do incentivo de seu retorno ou permanência na escola, aliado à oferta de atividades de caráter educativo. A pesquisa insere-se no campo dos estudos da juventude, em suas inter-relações com o mundo do trabalho, da família e da escola, considerando as mutações destas mesmas instituições, centrais na construção da condição juvenil na sociedade moderna e no processo de socialização dos indivíduos. Do ponto de vista teórico, parte das análises das categorias juventude e desemprego e se utiliza da noção de configuração de Norbert Elias, além dos conceitos de suporte de Danilo Martuccelli e de indivíduo de François Dubet, para análise das entrevistas. Utiliza-se da metodologia qualitativa baseada em entrevistas abertas e em profundidade, a partir de um roteiro semidiretivo. O trabalho de campo desenvolveu-se entre os anos de 2005 e 2006, quando foram entrevistados 7 gestores e 38 jovens, com idades variando entre 19 e 23 anos e que haviam participado do programa há pelo menos um ano, bem como alguns de seus pais e mães. Partindo das narrativas juvenis evidencia-se a diversidade de percursos e significados que jovens de baixa renda atribuem ao trabalho e à falta de trabalho, ou ao trabalho e à sua ausência, sempre na inter-relação com as esferas da escola e da família. |