Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Koser, Jaqueline Reginato |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17135/tde-19092019-130740/
|
Resumo: |
Espécies de abelhas sem ferrão são criadas e manejadas por hobbistas ou para exploração comercial de colônias e subprodutos. Normalmente, estas abelhas são mantidas em meliponários e estão sujeitas a práticas de manejo, como multiplicação artificial das colônias e transporte entre populações, de modo que este estoque pode, ao mesmo tempo, interagir com abelhas selvagens. Em virtude deste manejo, pode haver distúrbios na diversidade genética da espécie. O objetivo deste estudo foi avaliar a distribuição da diversidade genética de Melipona quadrifasciata mantida por meliponicultores da região sul do Brasil, através de marcadores de microssatélites e DNA mitocondrial. As hipóteses testadas foram: 1) a diversidade genética dos meliponários reflete o estoque natural e a estruturação populacional da região do meliponário; 2) colônias introduzidas podem ser identificadas; 3) meliponários onde ocorre multiplicação de colônias apresentam endogamia. Nossos resultados evidenciam como cada prática de manejo influencia na diversidade local e na estruturação das populações. A diversidade genética encontrada na amostragem total de abelhas manejadas foi compatível com a estimada em outros estudos de populações naturais da espécie, porém distribuída de forma heterogênea. Observamos que meliponários que se dedicam à multiplicação de colônias de maneira mais intensa exibem sinais de endogamia. Também encontramos haplótipos de diferentes origens distantes em meliponários que realizam a introdução de colônias, sendo capaz de descaracterizar a diversidade local e resultando em homogeneização das frequências alélicas. Não foi possível encontrar estruturação populacional. Porém, um gradiente genético foi encontrado com os marcadores de microssatélites, e o mtDNA indica o deslocamento geográfico de rainhas, com introdução de haplótipos do sudeste do sul do país. A diferenciação populacional e o Isolamento por Distância encontrados aqui não são suficientes para classificar populações ou delimitar Unidades de Manejo baseado em fluxo gênico natural. Nós sugerimos que os esforços na preservação da diversidade foquem na regulação das práticas de manejo, possibilitando o fluxo gênico através da preservação de fragmentos naturais de vegetação, e o manejo da diversidade ocorra dentro de regiões geográficas pequenas, como macrorregiões estaduais, que refletem cenários sociopolíticos e geográficos, já utilizadas em outros planos ambientais. |