Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Gallotti, Renata Mahfuz Daud |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5159/tde-15082005-171758/
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Resumo: |
Eventos adversos (EAs), definidos como complicações não intencionais decorrentes do cuidado prestado, são reconhecidos como um dos maiores problemas na área da saúde. Embora a maior parte dos eventos acarrete incapacitações leves, uma proporção considerável está relacionada à morte de pacientes. O atendimento de urgência é considerado importante fator de risco para o desencadeamento destas complicações. No Brasil, estudos relacionados a este tema não foram publicados até o momento. O presente estudo objetivou identificar a ocorrência de EAs em pacientes admitidos por acidente vascular cerebral (AVC) ao Pronto-Socorro de Clínica Médica (PSM) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e determinar as categorias de EAs associadas a óbito. Este estudo caso-controle pareado envolveu 468 pacientes admitidos por AVC ao PSM-HCFMUSP no período de março de 1996 a setembro de 1999. O grupo-caso compreendeu 234 óbitos hospitalares consecutivos e o grupo-controle 234 pacientes que receberam alta, pareados pelo diagnóstico provisório e pela época de internação. Eventos adversos, detectados por revisão de prontuários, foram classificados segundo sua gravidade, causas imediatas, sistemas acometidos e categorias profissionais envolvidas no cuidado aos pacientes. A associação com óbito foi analisada por regressão logística multivariada condicional, incluindo variáveis relacionadas a aspectos demográficos, gravidade do quadro inicial e características da assistência. Nos 468 pacientes foram identificados 1.218 EAs: 932 EAs (76,5%) em 170 casos e 286 EAs (23,5%) em 125 controles. Eventos adversos major corresponderam a 54,1% do total de eventos, com 659 episódios: 538 eventos em 143 casos e 121 em 65 controles. Os procedimentos diagnósticos e terapêuticos e os cuidados de enfermagem foram responsáveis em conjunto por 55,2% do total de eventos. Em relação ao tipo de sistema afetado, 46,0% dos EAs identificados ocasionaram manifestações gerais. Eventos adversos relacionados à enfermagem e EAs médicos representaram as categorias profissionais de EAs mais freqüentes (38,4% e 31,0% do total de eventos). Uma associação significante com óbito foi encontrada em relação a EAs major, EAs médicos e infecções hospitalares, com valores de OR ajustado estimados em 3,72 (IC 95% = 1,63-8,48), 3,69 (IC 95% = 1,60-8,50) e 3,20 (IC 95% = 1,20-8,51), respectivamente. Em resumo, eventos adversos, na sua maioria graves, foram freqüentes em casos e controles, determinando predominantemente manifestações gerais. Os procedimentos diagnósticos e terapêuticos e os cuidados de enfermagem corresponderam às principais causas imediatas de EAs. Em relação à categoria profissional envolvida, os EAs relacionados à enfermagem e os eventos médicos predominaram. Eventos adversos major, EAs médicos e as infecções hospitalares associaram-se de maneira significante com óbito em pacientes com AVC admitidos ao Pronto-Socorro de Clínica Médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo |