Fragmentação do espaço da/na cidade de São Paulo: espacialidades diversas do bairro da Água Branca.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Ramos, Aluisio Wellichan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-06052003-160403/
Resumo: Neste trabalho, debruçamo-nos sobre uma porção da cidade de São Paulo, situada em seu oeste próximo, tida aqui, de forma ampla, sob a designação de Água Branca. Partindo da realidade presente em sua complexidade, questionamos a existência da "Água Branca" enquanto bairro. Ao nos debruçarmos sobre o bairro, seu conceito e as teorizações envolvendo este nível de organização da vida urbana, descobrimos que a Água Branca tem um movimento histórico de suas espacialidades, que não se restringe ao bairro. O bairro e a sua sociabilidade definidora, a vida de bairro, pode ter existido no local, mas, nem tal local surge como um bairro, nem persiste como tal no presente momento. Este movimento nos mostrou três momentos. A Água Branca foi inicialmente uma localidade rural dos arredores paulistanos. A partir da industrialização, começa a surgir no local o bairro de Água Branca. A configuração da Metrópole, advinda do avanço do processo de urbanização, dissolve o bairro e o local passa a ser uma porção imersa na metrópole. Neste momimento o local se transforma: o espaço, o modo de vida no interior deste, as suas relações com o restante da cidade, enfim, sua função, estrutura e forma. Tais espacialidades são engendradas e só podem ser entendidas se vistas a partir da relação dos processos históricos mais amplos, como a (des)industrialização e a urbanização, (des)valorização imobiliária, etc., processos estes que ocorrem na escala da cidade como um todo ou mesmo do país, com os processos sociais que ocorrem em escala local. Ou seja, para se compreender o local e suas transformações históricas é necessário compreender, paralelamente, tanto os processos sociais mais amplos quanto aqueles relativos à escala do próprio local. Por isso, percorremos os processos de industrialização e urbanização da cidade de São Paulo de forma ampla, procurando ressaltar os aspectos destes processos que mais nos interessam para a compreensão do local.