Percepção da iluminação no espaço da arquitetura : preferências humanas em ambientes de trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Barbosa, Cláudia Verônica Torres
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16132/tde-02022012-094105/
Resumo: As preferências humanas de iluminação nos ambientes internos estão relacionadas inicialmente à satisfação de conforto luminoso a partir de exigências não somente visuais, mas fisiológicas de saúde, conforme os objetivos do projeto e atividades. Este trabalho aborda a percepção da iluminação natural e artificial complementar diurna, em ambiente de escritório com o objetivo de identificar preferências humanas pesquisadas em um mock up, modelo que reproduz o ambiente em escala real. A partir do entendimento do ato de ver, procuramos mostrar como a luz pode alterar a percepção do espaço, revelar os contornos, alterar limites, escalas, cores e texturas das superfícies. A relação entre luz e espaço determina a nossa percepção visual do mundo que nos cerca e da maneira que o sentimos. Procuramos redefinir então o conceito de conforto visual, ampliando-o para conforto luminoso, que passaria a abordar aspectos não visuais da luz que exercem grande influência no metabolismo humano, através da regulação dos ritmos circadianos com desdobramentos na saúde, bem-estar e produtividade. Para a pesquisa experimental, o mock up foi construído simulando um ambiente de trabalho com mobiliário e objetos, onde as aberturas projetadas poderiam ser fechadas ou liberadas criando tipologias distintas de captação de luz, seja lateral e/ou zenital. Ao entrevistado, caberia escolher entre duas situações em que as variáveis consideradas foram: as posições e dimensões das aberturas para luz natural e inserção de luz artificial complementar. Para validação dos modelos e comparação dos resultados obtidos, trabalhamos com outros modelos, desde a maquete, à simulação computacional através do software Agi-32 e fotografias do ambiente em situações similares às pesquisadas no mock up. Os resultados confirmaram a hipótese de que as preferências de iluminação em escritórios estão relacionadas à satisfação do conforto luminoso em função das tarefas, incluindo aqui também a distribuição da luz, dos contrastes obtidos nas superfícies e plano de trabalho, ou distribuição harmoniosa de luminâncias. Nas situações em que a luz natural atende aos requisitos quantitativos da tarefa e conforto luminoso, ela é preferida em relação à luz artificial. A pesquisa pretende contribuir para trabalhos futuros, acerca do estudo da percepção da luz, relacionando atividade ou função do espaço, intenções do projeto, qualidade da luz arquitetural e luz tarefa.