Vivência de enfermeiros no cuidado do idoso moribundo hospitalizado -a perspectiva fenomenológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Ojeda Vargas, Ma Guadalupe
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-07012008-114028/
Resumo: As inquietações por estudar esta temática apreendendo quais significados atribuem os enfermeiros ao cuidar do paciente idoso, hospitalizado, em fase terminal, surgiu a partir de experiências pessoais. Minha inquietação aumentou com a prática profissional, notando que, o pessoal que atendia aos idosos, em fase terminal, em sua maioria, era auxiliar de enfermagem, sem nenhuma formação específca para este cuidado. Assim, ao surgir a oportunidade de ingressar no doutorado em enfermagem, emergiu, novamente, a inquietação que há muitos anos vinha se instalando: O quê significa para a enfermeira o cuidado do idoso, em seu encontro com a morte, no mundo hospitalar? Desta forma, a proposta foi possibilitar que suas experiências, manifestadas por meio do discurso verbal e não verbal, pudessem aproximar-me do mundo que elas habitam nos hospitais e saber quais significados atribuem a esta experiência para propor um novo pensar sobre este cuidado. Tratou-se de um estudo conduzido segundo uma abordagem qualitativa, pertinente às questões muito particulares de um objeto cuja natureza não pode ser quantificada. A investigação foi desenvolvida com enfermeiros que trabalham nos hospitais públicos, na cidade de Celaya, Guanajuato, pelo fato de atenderem à maioria da população idosa. A coleta de dados foi realizada por meio de 12 entrevistas, conduzidas segundo a abordagem fenomenológica, a partir de uma questão norteadora proposta aos enfermeiros. Durante a investigação, pude apreender que, para eles, a vivência do cuidado do paciente, enquanto profissionais de enfermagem, envolve vários aspectos como as especificidades da pessoa da qual se cuida, como suas características físicas, emocionais, sociais e espirituais. Foi descrito ainda como sendo o ato de ajudar o paciente a morrer. No entanto, muitas vezes, procuram realizá-lo de forma a protelar a morte, como um impulso para conservar a vida daquele que está morrendo. Esse cuidado é proporcionado em um mundo concreto - geralmente, o hospital - e é um desafio manifestado pelos enfermeiros de forma a permitir o respeito às decisões do paciente e de sua família. Da mesma forma, as políticas das instituições de saúde pública necessitam serem revistas para que o familiar possa permanecer próximo do idoso em fase terminal, pois é seu direito morrer em companhia dos seus, de forma a ter uma morte digna. Reconhece-se, cada vez mais, que este cuidado é uma especialidade de enfermagem que requer conhecimentos e capacidades profissionais específicos e uma determinada estrutura de carreira profissional.