Doença pulmonar obstrutiva crônica: análise do impacto de fatores clínicos, psicológicos e psiquiátricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lopes, Samuel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17148/tde-20082020-115409/
Resumo: A Doença Pulmonar Obstrutivo Crônica (DPOC) é uma doença crônica e progressiva que provoca o comprometimento do sistema respiratório, com presença de sintomas clínicos, além de prejuízos na qualidade de vida do indivíduo, como a limitação física, perda de funcionalidade na vida diária e a presença de comorbidades psicológicas. O objetivo geral do estudo é investigar as associações entre as variáveis clínicas da doença e as variáveis psicológicas e psiquiátricas em uma amostra de pacientes com DPOC e compará-los com um grupo controle de sujeitos sem a doença respiratória (GC) e entre os subgrupos de gravidade dos parâmetros espirométricos e sintomatológicos da DPOC (VEF1, CVF, Tosse, Dispnéia, Saturação de O2 e Estadiamento). A amostra total foi composta por 90 participantes, sendo 40 do grupo DPOC e 50 do grupo GC, pareados por idade e sexo. Para a avaliação dos aspectos clínicos foram analisados os dados de exames de Espirometria e Escalas de Dispnéia, Tosse e Expectoração. Para a avaliação psicológica foram aplicados os seguintes instrumentos: Questionário Sobre a Saúde do Paciente PHQ-9 para avaliação de sintomas de depressão; Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE-T); Escala de Autoestima de Rosemberg (EAR); Brief Cope e Escala de Vivências Afetivas e Sexuais dos Idosos (EVASI). Os dados foram analisados, por meio de estatística descritiva e de testes de comparação de grupo (x2, t de Student). O nível de significância adotado foi de p=0,05. Os resultados apontaram para associação da DPOC com prejuízos funcionais nos pacientes com DPOC, com maior necessidade de ajuda para atividades domésticas, menor participação social e lazer; presença de comorbidades clínicas (cardiopatia e baixo IMC) e foram observadas presença de diferenças estatisticamente significativas entre os grupos nos indicadores de depressão, ansiedade e baixa autoestima, com maiores médias no grupo clínico, indicando maior gravidade desses sintomas. No que diz respeito às vivências sexuais / afetivas e utilização de recursos de enfrentamento, os grupos não diferiram significativamente entre si. Não foram verificadas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos de maior e menor gravidade dos parâmetros espirométricos e sintomatológicos, com exceção da Dispnéia, que teve maior associação com indicadores de depressão e baixa autoestima. Desse modo, os achados corroboram dados da literatura prévia e analisa de forma conjunta múltiplas variáveis psiquiátricas e psicológicas dos pacientes com DPOC, proporcionando uma compreensão de forma integrada do impacto dessa patologia e favorecendo condutas terapêuticas e preventivas.