Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Kaufman, Dora |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27152/tde-01062015-153238/
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Resumo: |
O propósito desta pesquisa é identificar o que ocorre na fronteira da comunicação entre a cultura corporativa e a cultura das redes digitais, com o pressuposto de que a lógica de controle das empresas cria um antagonismo com a tendência de descentralização comunicativa das redes digitais, e que esse antagonismo manifesta-se de forma mais aguda em situações de crise. Em nossa abordagem, pensamos a empresa como um fenômeno sistêmico complexo - e não mais como um ator que dialoga linear e unidirecionalmente com o consumidor - e as redes digitais como um fenômeno pós-sistêmico e \"não-controlável\" pelas empresas. As tecnologias digitais alteram nossa percepção, o sentido de conexão e nossa própria condição habitativa (o modo de estar no mundo). O social deixa de ser pensado como algo dado a priori, mas em construção (em permanente movimento) e formado por atores humanos e não humanos. As redes digitais são uma nova arquitetura da complexidade, uma hipercomplexidade. Trata-se de superar a ideia de comunicação como fluxo de informação, linear e frontal, típica da sociedade industrial, e substituí-la pela ideia de comunicação ecológica, que agrega humanos, tecnologias, dispositivos, informações, territórios, elementos inorgânicos, bancos de dados, etc. Nesse novo contexto, parece não mais fazer sentido distinguir espaços físicos e espaços informativos. Essa \"ecologia digital\" reconfigura a ação, não mais formada por um sujeito-ator interagindo com o exterior, mas organizada em rede, construída com base na complexidade das ações dos atores envolvidos. Seguindo um percurso histórico-teórico, buscamos reconstruir a formação e as influências do pensamento científico, dos impactos das descobertas das ciências naturais do início do século XX sobre as ciências humanas/sociais - com o surgimento da ideia sistêmica -, e da migração da complexidade sistêmica à complexidade reticular e suas narrativas, Teoria Ator-Rede e Atopia, fundamentos da metodologia da pesquisa empírica e da técnica de pesquisa Cartografia das Controvérsias, aplicada à controvérsia gerada nas redes pela contaminação do suco de maçã AdeS da empresa Unilever |