Atributos do solo, presença de palha e estádio de desenvolvimento da cana-de-açúcar na aplicação, afetando a eficácia e seletividade dos herbicidas imazapic e imazapyr

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Obara, Flávio Eduardo Botelhos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-03062014-144026/
Resumo: As soqueiras de cana-de-açúcar (Saccharum spp.) são colhidas anualmente, momento em que são expostas a uma grande interferência negativa interespecífica das plantas daninhas, sendo essencial o manejo destas plantas para obtenção de uma produtivade economicamente rentável da cultura. Comumente este controle é feito com a aplicação de herbicidas residuais em condições de pré ou pós-plantio através da recomendação de acordo com a infestação local. Apesar da existência de várias opções de controle químico de plantas daninhas em pré-emergência na cultura da cana-de-açúcar, novas opções de formulaçõoes de herbicidas são necessárias. Sendo assim, esta pesquisa teve o objetivo de estudar uma nova associação de moléculas, imazapic e imazapyr, para o controle das plantas daninhas em cana-de-açúcar, através da avaliação da influência de parâmetros de solo e culturais, na eficácia de controle de plantas daninhas e seletividade para a cultura. Para este propóstito foram conduzidos experimentos em condições de campo e casa de vegetação. Em condições de campo, em agosto de 2012 foram instalados experimentos em áreas de solos arenoso e argiloso com e sem palhada, para avaliação da eficácia da associação de imazapic e imazapyr no controle de plantas daninhas e da seletividade à cultura, no qual as menores doses testadas de (imazapic + imazapyr), em todas as situações continuaram eficientes no controle da comunidade infestante até 120 dias após a aplicação, equiparando estatisticamente aos tratamentos com maiores doses, aos tratamentos associados ao tebuthiuron e aos padrões, com a ausência de sintomas fitotóxicos nas variedades. Para avaliação da fitotoxidade foram instalados três experimentos durante o mês de novembro de 2012 sobre soqueira de 2º corte, nos quais foram feitas aplicações do (imazapic + imazapyr) isolado e associados a outros herbicidas nos estádios de pré-emergência total, pós-inicial e pós-tardia da cultura, sendo possível observar a seletividade quando aplicada a dose (80,25 + 26,25 g imazapic + imazapyr ha-1) na modalidade de pré-emergência, como também quando associada ao tebuthiuron, metribuzin e clomazone. Foram realizados estudos em casa de vegetação para avaliação de características do herbicida quanto à capacidade de lixiviação pela palha em relação à precipitação, quanto ao período residual durante época seca, quanto à lixiviação do herbicida da superfície às diferentes camadas de solo, e quanto ao controle de espécies daninhas em diferentes texturas de solo. Volumes de 10 e 20 mm de água foram suficientes para promover a transposição do herbicida sobre a camada de palha em solo argiloso e médio-arenoso, respectivamente, apresentando atividade do (imazapic + imazapyr) no controle do bioindicador mesmo após 120 dias sem irrigação após a aplicação do herbicida, quando aplicado sobre a palha ou sobre o solo. A presença do herbicida foi observada até a camada 10-20 cm de profundidade, pelos índices de controle do bioindicador resultantes da lixiviação, e do efeito residual em solo arenoso e argiloso aos 75 e 90 dias após a aplicação, sendo de um modo geral as associações (imazapic + imazapyr) + clomazone e (imazapic + imazapyr) + tebuthiuron foram as mais eficientes no controle das espécies daninhas estudadas.