Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Malaguetta, Heloisa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64135/tde-23032016-104713/
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Resumo: |
O Brasil tem uma posição de destaque mundial na produção de frutas e alguns grãos, os quais são comercializados in natura ou na forma de produtos processados. O processamento têm várias vantagens, porém gera grandes quantidades de resíduos, os quais têm sido aproveitados para a alimentação animal e geração de energia. Entretanto, muito tem sido relatado sobre o potencial bioativo desses materiais, dentre eles a ação fungitóxica de alguns de seus compostos sobre fungos fitopatogênicos. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial de extratos de resíduos agroindustriais de abacate, uva, café, manga, abacaxi, maracujá e caju na inibição do crescimento micelial in vitro dos fungos Fusarium pallidoroseum, Colletotrichum dematium, Rhizoctonia solani e Phomopsis sp., bem como a composição química do resíduo mais promissor. Os resíduos foram liofilizados, moídos e submetidos a extração com etanol 80% (etanol:água; 8:2, v/v) em banho de ultrassom (extrato denominado bruto ou EB). O EB também foi tratado com a resina Amberlite XAD-2, visando à eliminação de açúcares e interferentes, dando assim origem ao extrato semi-purificado (EP). Os extratos que apresentaram alto rendimento foram avaliados quanto à atividade antifúngica in vitro e teor de compostos fenólicos totais. A amostra que apresentou os melhores índices de inibição foi selecionada para dar continuidade ao estudo, sendo a mesma fracionada em coluna de gel Sephadex LH-20. Os extratos e as frações ativas, detectadas pelo ensaio de bioautografia, foram analisadas quanto a composição química pelas técnicas de HPLC e GC/MS. Na análise de fenólicos totais os maiores teores encontrados foram para a casca de abacate, enquanto que para o ensaio de inibição de crescimento micelial in vitro o melhor resultado foi para a semente de abacate, tanto para o EB quanto para o EP. Desta maneira, a semente de abacate foi selecionada para as etapas posteriores. Para o fracionamento em gel Sephadex LH-20 foi eleito o EP para F. pallidoroseum enquanto que para os demais fungos foi eleito o EB. No fracionamento do EP obtiveram-se 13 frações, sendo que as frações 3 e 4 foram ativas, enquanto que no do EB obtiveram-se nove, sendo as frações 3, 4 e 5 ativas. Pela técnica de HPLC foram detectados em comum nas frações 3, 4 e 5 do EB dois compostos majoritários, e nas frações 3 e 4 do EP, sete compostos, os quais não puderam ser identificados pelos padrões comerciais disponíveis. Já pela técnica de GC/MS foi possível a identificação de quatro compostos em comum nas frações ativas do EB e de 11 nas frações do EP. Dentre os compostos presentes nas frações ativas, foram identificados ácidos graxos, os quais têm sido reconhecidos por apresentarem ação antifúngica. Assim, pode-se concluir que os resíduos agroindustriais estudados são fontes de compostos com atividade antifúngica, podendo assim ser uma alternativa para o controle de fungos fitopatogênicos à cultura da soja |