Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Teixeira, Isabella Vernilo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-10112021-161451/
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Resumo: |
Introdução: A sexualidade é uma parte importante da vida para a manutenção das relações afetivas, bem-estar físico, emocional, mental e social. Os estudos da sexualidade gestacional têm dado destaque para gestantes de baixo risco e poucos estudos incluem gestantes de alto risco. Não existe consenso na literatura atual sobre disfunções sexuais na gestante de alto risco e a ampliação de conhecimento nesta área possibilitará o desenvolvimento de propostas para intervenção terapêutica. Objetivos: Os objetivos deste estudo foram: avaliar a associação entre as variáveis independentes: depressão, ansiedade e o ajustamento conjugal com a função sexual no período gestacional; comparar a função sexual feminina em gestantes em seis domínios: desejo, excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação e dor e total e relacionar os domínios da função sexual com as variáveis independentes. Métodos: Foi realizado estudo observacional transversal prospectivo com amostragem não-probabilística por conveniência. Foram incluídas 345 gestantes, sendo 225 de alto risco e 120 de baixo risco atendidas no ambulatório da Divisão de Clínica Obstétrica do ICHC-FMUSP entre agosto de 2018 e novembro de 2019. Foi aplicado questionário para obtenção dos dados sociodemográficos, e os instrumentos FSFI para avaliação da função sexual, DAS para avaliação de ajustamento conjugal e o PRIME-MD para verificar presença de ansiedade e depressão. Para avaliar os desfechos, foram realizados modelos de regressão logística binária, univariados e múltiplos. Resultados: A prevalência da disfunção sexual em todas as gestantes foi de 79,1% (n = 273). Houve associação significativa entre a disfunção sexual e ansiedade (p < 0,001), disfunção sexual e depressão (p = 0,001) e entre disfunção sexual e ajustamento conjugal (p = 0,036). Em gestantes com ansiedade, foram encontrados valores médios e medianos significativamente menores nos domínios da função sexual: satisfação (p < 0,005), excitação (p < 0,005) e desejo (p < 0,005). Os principais fatores de proteção para a disfunção sexual foram: primeiro trimestre de gestação (OR = 0,15) e o segundo trimestre de gestação (OR = 0,33) em comparação ao terceiro trimestre. Os principais fatores para o risco aumentado de disfunção sexual foram: a gestação de alto risco (OR = 6,66), diagnóstico de ansiedade (OR = 5,44), ser multigesta (OR = 2,21) e desajustamento conjugal (OR = 2,75). Conclusão: Foram observados elevados índices de disfunção sexual nas gestantes avaliadas, além de associação significativa entre disfunção sexual e ansiedade; depressão e ajustamento conjugal |